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Paixão, bom humor e humildade: a receita de um bom gestor

Luiz Otávio da Silva Nascimento é engenheiro, especializado em Marketing pela FGV. Mestre em Administração de Empresas pela UFRGS, com cursos de especialização feitos nos Estados Unidos e na França. Tem mais de 25 anos de experiência na gestão de empresas varejistas e industriais. É consultor e conselheiro de empresas. Com um currículo extenso, ele acaba de lançar o livro Gestor Eficaz - Práticas para se destacar em um ambiente empresarial competitivo (Ed. Nova Conceito). Em uma entrevista exclusiva ao Blog Desburocratizando, ele ensina as formas que um gestor pode alcançar o êxito de uma carreira bem-sucedida, os caminhos para o empresário alcançar a liderança, além de orientar os candidatos na elaboração do currículo e de como se comportar em uma entrevista de emprego. “O candidato deve ser autêntico e bem humorado (ninguém gosta de pessoas amarguradas). Deve ter visão positiva da vida, ser ambicioso, mas equilibrado como pessoa e profissional. Deve mostrar brilho nos olhos e transmitir segurança”.



1. Quais as principais características que um gestor precisa ter?

Penso que a primeira grande característica é "gostar de gente", pois o bom gestor é aquele que obtém resultados através de pessoas felizes. Outra importante característica é "humildade", uma vez que devemos aprender com os erros e entender que precisamos melhorar continuamente. Para limitar as três características cito "paixão", gostar do que faz, que torna prazeiroso e mais divertido o nosso trabalho.

2. O senhor acredita que haja falta de bons gestores em nosso país? A falta de mão de obra qualificada pode ser uma explicação para esta ausência?

No Brasil temos excelentes gestores, criativos e flexíveis, formados por anos de trabalho com um ambiente marcado por constantes incertezas e alta inflação. Mas, muitas empresas premidas pelos seus orçamentos, abandonaram a formação de lideranças e hoje
sentem o erro que cometeram. Usando uma imagem: algumas empresas cortaram tanto que amputaram as próprias pernas e hoje não podem mais correr. Por outro lado, a geração Y, aquela formada pelos jovens que hoje têm cerca de 27 anos, perderam o desejo de olhar a médio prazo para as empresas, já que elas viram os seus pais que eram funcionários
de carreira perderem os seus empregos. Daí eles almejarem tudo a curto prazo e não terem paciência para esperar por dias melhores. Em paralelo a isso, as universidades ainda apresentam lacunas e contribuem pela falta de mão de obra qualificada.

3. Qual a importância da liderança no atual cenário?

A liderança sempre foi e será responsável pela construção do futuro de suas empresas, mas não devem se esquecer que somente existirá futuro se as suas empresas "almoçarem" todos os dias, ou seja, terem bons e lucrativos faturamentos a curto prazo.

4. No livro o senhor diz que um gestor eficaz precisa ter como características, a paixão na hora de escolher a carreira, bom humor e humildade. Como esses três elementos tornaram-se fundamentais para a eficiência do gestor?


Esses três elementos propiciam criar um ambiente saudável, imprescindível para ter colaboradores felizes que, por sua vez, geram clientes felizes que, então, compram mais e melhor, o que torna muito feliz o acionista. A meu ver essa é a real cadeia de geração de valor para uma empresa.

5. Os concursos públicos tornaram-se uma obsessão para a maioria dos brasileiros. Muitos abandonam os sonhos profissionais em busca de estabilidade. É possível construir um bom gestor neste caso?

Sim. Talvez a geração Y veja no emprego público a oportunidade de fazer carreira e/ou conciliar a vida profissional com a família. Mas, independentemente disso, o serviço público é o que mais precisa de bons gestores, pois o brasileiro, de modo geral, paga caro por tais serviços (temos uma das maiores cargas tributárias do mundo) e recebe pouco em troca. É necessário rever os processos nessa área, agora sob a luz da TI - Tecnologia da Informação e privilegiando o contribuinte, o cidadão.

6. Falando especificamente sobre mercado de trabalho, quais os principais conselhos para a elaboração de um currículo?

Primeiro é que ele seja conciso (duas páginas no máximo) e elaborado especificamente para a posição/empresa desejada, listando o que o candidato pode fazer pela empresa. Deve-se lembrar que do outro lado estará um gestor que não pode falhar na escolha do seu novo
colaborador e quanto mais assertivo e confiante se mostrar o candidato, maiores serão suas chances de conseguir a vaga.

7. Na hora de uma entrevista de emprego, de qual maneira o candidato deve se portar?

Antes de mais nada deve evitar jargões. Deve ser autêntico, bem humorado (ninguém gosta de pessoas amarguradas). Deve ter visão positiva da vida, ser ambicioso, mas equilibrado como pessoa e profissional. Deve mostrar brilho nos olhos e transmitir segurança.

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Dica da Bella

Zé Colméia - O filme
Isabella Ardente

O cenário do filme é o parque Jellystone, que está perdendo visitantes e por isso o prefeito Brown (Andrew Daly) decide fechá-lo e vender suas terras. Isso quer dizer que as famílias não poderão mais apreciar a beleza da natureza. E pior: Zé Colméia e seu amigo Catatau perderão o único lar que eles conhecem. São 80 minutos de pura diversão, aventura e muita comédia! Ótimo filme para as crianças nessas férias. A classificação é livre. Recomendo!

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Fé e Política

A Juventude como lugar Teológico: Um problema?
Alberto Patrício e André Barroso

O tema proposta foi antecedido por uma breve, mas importante explanação sob o olhar sociológico do termo juventude, apontando questões como: o que esse grupo social? A qual faixa etária deve estar associado para ser analisado a partir da ótica sociológica, biológica e psicológica? A conferência da UNESCO, realizada na cidade francesa de Genoble, no ano de 1964, começa a delinear o que seria a juventude. Uma preocupação, traduzida em estudos das diversas ciências relacionada a este grupo, começa a ser desenhada efetivamente a partir da década de 1960, com os movimentos de contestação à ordem estabelecida, principalmente nos EUA e Europa, no interior das universidade, com grande repercussões para os movimentos culturais, o rock como música de protesto, tendo como seu maior expoente Bob Dylan. Este movimento atinge seu auge em 1968, com as movimentações juvenis na França e, sem deixar de destacar o Brasil, que vivia o contexto da ditadura militar, as manifestações como a Passeata dos Cem Mil, demarcaram a inquietação da juventude durante este período de grandes agitações.

Comparando as gerações de 1960 e a atual, a primeira buscava uma maior liberdade e alternativas para uma mudança radical de vida e nos rumos da humanidade, usando o protesto como sua maior arma. A geração atual busca uma colocação na sociedade, incluir-se neste processo cada vez mais acirrado de competição. A luta hoje é por melhor qualificação e melhores empregos. E, quando este jovem se vê excluído, é alvo fácil, nas comunidades mais pobres, da atuação do tráfico de drogas, e nas classes médias, as gangues de lutadores e, em alguns países, o ressurgimento de movimentos neofascistas e neonazistas.

Assim, como problema sociológico, é necessário uma atuação maior no sentido da formação integral desses jovens, pois a escola também, em sua metodologia, não tem dado conta dessas necessidades das quais este grupo tanto anseia e uma inserção mais intensa dos professores neste processo de formação. Uma das constatações, em meio às intervenções dos comunicadores e do convidado Júlio Mendes inicia o desenvolvimento de sua reflexão nesse respeito.

A provocação inicial foi a de que cada vez mais os jovens estão desinteressados do processo religioso, não seguindo os preceitos que embasam doutrinalmente tais instituições, pois o que está errado: seria a apatia “natural” dos jovens em relação à demanda social ou o modelo de Igreja apresentado não traz qualquer motivação para a participação do mesmo?

Assim, Júlio Mendes nos reporta um pouco da história de engajamento da juventude na Igreja a partir da chamada Ação Católica (JAC, JEC, JIC, JOC e JUC) que deram origem à Pastoral da Juventude. As lutas e demandas atuais são de outra ordem, e a vontade de transformar socialmente a sociedade foi substituída pelos medos que compõem a agenda da sociedade em geral e da juventude em particular.

Nessa perspectiva, não deveria deixar de mencionar o “grande rodo” e, a partir disso, os rumos da PJ na Arquidiocese do Rio de Janeiro, processo iniciado no ano de 1994, quando o bispo auxiliar D. Raphael Llano Cifuentes, responsável pela juventude, destituiu toda a CAPJ (Comissão Arquidiocesana de Pastoral da Juventude), não temos clareza a respeito da tomada de atitude da cabeça da Igreja do Rio de Janeiro, mas uma coisa podemos afirmar: a maturidade política e social daquela comissão de 1994 não podia se coadunar com nenhuma atitude autoritária e anti-democrática, assim aquele processo, se não acontecesse em 1994, aconteceria nos anos seguinte. Não citaremos os nomes que compunham aquela comissão para não cometer injustiças por esquecimento de alguns.

Assim, a partir de então, a própria PJ da arquidiocese trilha por um novo rumo, pois, segundo seu bispo responsável: “A PJ é um grande guarda-chuvas, onde todos os movimentos de jovens da Igreja Católica serão contemplados”. O que se observou foi a descaracterização de uma pastoral que possuía uma organização em nível até mesmo internacional, e seus componentes tentando criar meios de “salvar” a estrutura anterior, criando grupos paralelos e o movimento chamado “Leste ZERO”, caracterizando-se como uma tentativa de “refundação” da PJ no Rio de Janeiro. Esta PJ paralela funcionou por mais um ano mas a estrutura de representação regional e nacional não comportavam tal estrutura.

Em meio a toda essa crise, toda a estrutura foi modificada, inclusive o DNJ (Dia Nacional da Juventude) tornou-se um mero encontro de bandas católicas, e os temas propostos pela estrutura nacional, a partir de assembleias com seus grupos de base, ficavam praticamente esquecidos, e, em 2005, já com a responsabilidade de D. Dimas, tentou-se resgatar as discussões e a dinâmicas dos “DNJs” anteriores, claro, até 1995. Com essa “blindagem” da Arquidiocese às determinações nacionais dos encontros da PJ, as informações relevantes ao desenvolvimento, crescimento e amadurecimento da pastoral, principalmente na formação de lideranças, não chegam até os grupos de base.

Como gerir essas novas demandas, pois até os bispos da CNBB reconhecem que “eles mesmos estão distantes da juventude e ainda não sabem como ‘chegar’ e comunicar a essa grupo importante e significativo em nossa sociedade”.

Muitos jovens que participam das instâncias religiosas, em particular a Igreja Católica, se voltam para uma religiosidade muito mais individualista e pouco engajada e comprometida com os que mais sofrem. O fenômeno Canção Nova é responsável pela divulgação desses valores, pois tem explorado com muita intensidade os meios de comunicação social e sua repercussão dá a entender à sociedade ser este o modelo único a ser seguido e que não há espaço para qualquer outra manifestação que pense diferente, homogeneizar tudo ao máximo, não relacionar assuntos que dizem respeito à política, principal alvo de críticas destes movimentos às ações da Igreja, em especial nas décadas de 1970 e 1980 e que o fenômeno da chamada “Teologia da Prosperidade” lança a idéia de que, cada vez mais, a busca pelo bem estar pessoal.

Enfim, o empenho atualmente é criar mais espaços para que os jovens manifestem suas características, seus anseios, e que a cultura pode ser esse meio pelo qual tanto temos dificuldades de compreender, em especial às manifestações predominantes nas comunidades menos favorecidas de nosso país.

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Muito dinheiro para craque e falta de estrutura

Quantas vezes você já se perguntou o porquê de um jogador de um futebol ganhar um salário tão bom? De fato, eles ganham muito bem, mas se olharmos por outro lado, eles geram (ou pelo menos deveriam gerar) receitas ainda maior para seus empregadores.

No entanto, analisando o mercado de futebol, no começo deste ano, um fato me chamou a atenção e me veio o seguinte questionamento: ‘por que um jogador de futebol quer jogar no exterior?’. Como de praxe, empresários e jogadores com suas respostas clichês respondem: ‘A vida de jogador de futebol é curta, por isso é necessário buscar uma estabilidade agora’. Certamente, você em casa deve ficar irado com essa resposta, ainda mais se ganha o mesmo salário há anos.

Enfim, indo direto ao assunto, o que me causou estranheza são os grandes salários que estão sendo oferecidos no país. Veja só: De acordo com o site português ‘Futebol Finance’, em 2009, o atleta mais bem pago do mundo, o luso Cristiano Ronaldo, recebia mensalmente do Real Madrid cerca de 1.083.000 € (aproximadamente R$ 2.469.240). O melhor brasileiro da lista, Kaká, está em quinto lugar recebendo 833.000 € mensais (R$ 1.899.240) pelo clube merengue.


É certo que estes valores são irreais e para poucos no mundo do futebol. Mas vejam só: Ronaldinho Gaúcho, até então na reserva do Milan, recebia 625.000 € ( R$ 1.425.000). Contratado pelo Flamengo, receberá, só de salário, cerca de R$ 1.000.000 (aproximadamente 440.000 €). Menos do que recebia no Milan, certo? Mas o craque receberá cotas de patrocínio e de vendas de produtos com o seu nome. Mesmo assim, repare que Ronaldinho receberá mais do que os campeões do mundo Puyol e Iniesta do Barcelona (416.000 € cada).

O Flamengo não é a exceção. O atacante Luis Fabiano do Sevilla, insatisfeito com a reserva, tenta se transferir para a Juventus. Seu salário mensal no clube espanhol: 267.000 € (R$ 608 mil). Para acertar com o time italiano, ele topa reduzir para 209.000 € (R$ 476.520). O Fluminense, último campeão brasileiro, paga para Fred, Deco e Muricy cerca de R$ 750 mil mensais (329.000 €). O Grêmio ofereceu para o atacante Jonas cerca de R$ 600 mil (263.157 €). Ainda há Ronaldo no Corinthians, o Thiago Neves no Flamengo e tantos outros.

A grande questão é como os clubes, todos endividados, estão oferecendo tais salários europeus para estes jogadores. E a resposta parece simples, mas será um grande desafio para o futuro dos clubes. Quem paga esses salários astronômicos são empresas parceiras. Só que os clubes estão virando reféns dessas parcerias, pois estão dando em troca, receita, visibilidade da marca e possíveis novos talentos de craques. Ou seja, uma bola de neve.

Aí fica uma outra questão: não seria melhor investir esse dinheiro em estrutura e em novos talentos?

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O narrador do povo

Você fatalmente já ouviu falar no nome de nosso entrevistado. Se você gosta de futebol, com certeza, já se alegrou com uma vitória ou chorou a derrota de seu time preferido. Mais ainda, já deve ter dado boas risadas assistindo uma partida de futebol com ele narrando. É claro que estou falando de Silvio Luiz, um dos maiores narradores esportivos de todos os tempos. Expressões como ‘olho no lance’, ‘no pau’ e ‘pelas barbas do profeta’ são apenas alguns ditos de Silvio que estão no imaginário popular. Em uma entrevista exclusiva ao Blog Desburocratizando, ele falou sobre sua carreira e sobre seu time preferido. “Torço para os amigos’.



1. Você já foi jornalista de campo, diretor de televisão, apresentador e, claro, narrador esportivo. Qual desses te fez mais feliz?

Gostei mais de ser apresentador.


2. Tem uma faceta, que deve ser pouco conhecida pelo grande público, que é o seu lado cantor. Como surgiu essa vontade de gravar um disco. Os fãs podem esperar um novo trabalho musical?

Hoje em dia, qualquer um canta. Aquilo foi uma brincadeira e depois de acertarem a minha voz, dublei quando foi para o ar.


3. O seu jeito irreverente de narrar uma partida de futebol vem fazendo escola. Quando surgiu a idéia de narrar um jogo de forma bem humorada? E de onde vieram esses bordões?

Futebol é diversão e não sofrimento por mais que você torça para seu time.


4. Em seu blog, você escreveu que sempre te perguntam qual o seu time. Por que os torcedores têm uma obsessão de saber qual o time do jornalista?

Curiosidade. Nada mais é do que para ficar policiando aquilo que você diz, escreve e fala.


5. Falando nisso, tem alguma chance de divulgar qual o seu clube do coração?

Nenhuma, mesmo porque, torço para os amigos.


6. Claro que você é, acima de tudo, um profissional antes de um torcedor. Porém, já narrou a decisão de seu time que ele tenha perdido? Qual foi a sensação?

Não, nunca passei por essa experiência.



7. Qual o jogo que mais te marcou?

Foi a final do Campeonato Paulista de 77 com o Corinthians como campeão após 22 anos de espera.


8. Já cometeu uma gafe que até hoje te incomode?

Até hoje cometo e conserto com outra pior.

9. Você tem narrado os jogos da Liga dos Campeões e a Série B do Brasileirão pela RedeTv. Pela segundona, algum jogador te chamou a atenção como possível craque?

Até o momento não.

10. Achou justo o título do Fluminense?

Justíssimo, muito mais pelo trabalho do Muricy.

11. Você acha que esses casos de mala branca e entrega de jogos podem tirar a credibilidade do Campeonato Brasileiro?

Nem tudo que se fala é verdade.

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Literatura

A Vida e a Obra de Euclides da Cunha
Milena dos Santos Silva


Em 20 de Janeiro de 1866, nascia Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha. Além de escritor, ele também foi engenheiro, jornalista e militar. Todas estas vivências contribuíram para enriquecer sua maneira de escrever e torna-lo um marco na história da literatura brasileira.



Apesar de ser mais conhecido por sua prosa, também foi poeta. Quando jovem, já escrevia poemas, que se transformaram no livro ‘Ondas’.

Aos 31 anos, Euclides escreveu dois artigos com o nome de ‘Vossa Vendéia’ e, com isso, foi convidado a cobrir a guerra de Canudos. Esta oportunidade foi decisiva e inspiradora para seu maior sucesso, ‘Os Sertões’. Euclides descreveu além do ambiente árido nordestino, os costumes, a religiosidade e os conflitos enfrentados nesta guerra.

Com ‘Os Sertões’, o escritor tornou-se internacionalmente conhecido, devido ao seu toque de genialidade: apresentava o conhecimento dos fatos e o vocabulário regional para mostrar ao Brasil e ao mundo uma outra cultura - a nordestina. Após conhecer a realidade dos sertanejos, mudou seu ponto de vista e assumiu a postura de defender os desfavorecidos.


Outro livro também escrito por ele foi ‘À margem da história’, publicado após sua morte, em agosto de 1909.

Mesmo após o centenário de sua morte, ele e sua obra continuam vivos e marcantes. O grande intérprete do Brasil costumava dizer que “o sertanejo é, antes de tudo, um forte”. E, Euclides da Cunha também o provou ser, através de sua literatura e de todos os artigos que publicou em vida, apresentando ao Brasil e ao mundo os diversos Brasis contidos em um só.

NR: Quem quiser saber um pouco mais sobre a vida deste grande escritor, pode acessar o site http://www.euclidesdacunha.org.br/

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Fé e Política

O Partido dos Trabalhadores no poder: avanços e contradições
André Barroso e Alberto Patrício

O programa Fé e Política do dia oito de janeiro de 2011, o primeiro do ano, trouxe como destaque uma repassada nos oito anos de Governo Lula e algumas pistas para reflexão de quais serão os desafios apontados para a presidente Dilma Roussef.

Para este encontro, fora convidado o jornalista e produtor do programa Boca Livre, que vai ao ar de 2ª a 6ª das 13h às 14h pela Rádio Tropical AM 830, Henrique Acker.

Como início de conversa, o participante, comenta que uma das realizações de Lula foi a inclusão da população chamada de Classe C pelos institutos de pesquisa, que estava à margem do mercado consumidor, por meio de programas sociais, como o Bolsa Família, o PROUNI, entre outros.

O jornalista Henrique Acker destaca também que, apesar dessa inclusão de mais de 40 milhões de brasileiros no mercado consumidor, ainda está longe de acontecer uma reviravolta na questão da divisão da renda, pois o orçamento da União está comprometido em 1/3 de seu total para amortização de juros de dívidas (interna e externa), como também a dívida pública. Não colocou para a votação de temas como as Reformas Tributária e Política, devidos às pressões exercidas principalmente pela chamada força de coalizão, liderada pelo PMDB, que deu sustentação a seu governo.

É importante notar que, ao contrário daquilo que marcou a trajetória político-sindical do companheiro Lula, seu governo foi marcado pelo pouco diálogo de Lula com a sociedade civil, em particular os movimentos sociais, que sempre foram sua base de apoio em inúmeras eleições que disputou, e pelo fato de o próprio presidente ser oriundo desses movimentos, e se pôs muitas vezes num diálogo mais franco e aberto com as classes mandatárias, principalmente das chamadas famílias que concentram grande parte das terras no país.

Devido à impossibilidade do entrevistado em continuar, pois não foi possível novo contato telefônico, a equipe trouxe à tona a questão PMBD, que em nosso Estado e cidade ficou muito clara a aliança nas três esferas (federal, estadual e municipal) encabeçada pelo governador Sérgio Cabral Filho e o prefeito Eduardo Paes, o que atou a própria autonomia do PT regional, que, ao invés de caminhar com as próprias pernas, se vê no dever de fidelidade a tais acordos.

Como conclusão do debate, a mesa coloca como três questões fundamentais para que o governo Dilma possa realmente, como ficou muito claro em seu discurso de posse, a erradicação da miséria no Brasil que passa pelas questões: de uma reforma agrária efetiva, que resolveria o problema do inchaço populacional e o desemprego nas grandes cidades, a democratização dos meios de comunicação, para que os profissionais possam trabalhar com isenção e que a própria sociedade organizada tenha acesso à informação e na transmissão da mesma e, por fim, um sistema financeiro com maior controle e menos oneroso aos bolsos do simples contribuinte, que é atingido com inúmeras tarifas e juros altíssimos praticadas por essas instituições.

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Exclusivo

O país laico que as pessoas não querem ver

Há duas semanas, o jornal Folha de São Paulo causou polêmica ao publicar a matéria: ‘Bíblia e crucifixo são retirados do gabinete de Dilma no Planalto’.

A matéria apenas citou o fato de a então candidata à presidência Dilma Rosseff ter declarado ser católica e agora tomar uma posição dessas. Em outras palavras, quis trabalhar com uma contradição.

É preciso fazer um breve histórico para entender essas entrelinhas. Durante a campanha presidencial, foi utilizado pelos outros candidatos uma antiga frase que Dilma dizia ser favorável ao aborto. Inclusive, ela não participou do debate promovidos por emissoras de televisão católica. Com a queda nas pesquisas, Dilma fez uma carta pública onde se dizia contrária à prática do aborto.

Embora a matéria tenha um viés político, ela possui elementos interessantes. Por exemplo: o que muda com a retirada ou não do crucifixo e da Bíblia da sala da presidente?

Para início de conversa, o Brasil é um país laico. O advogado José Mauro Couto de Assis Filho explica o sentido desta expressão. “A idéia de estado laico está associada, em verdade e na prática, à idéia de liberdade religiosa, garantindo-se aos mais diversos credos e cidadãos que com eles se identificam necessária proteção constitucional e/ou legal. Com isso, tem-se o traço mais marcante e fundamental para identificação do Estado Laico que, ao proteger o pluralismo religioso, não adere a um ‘credo oficial’, mantendo-se neutro em relação a quaisquer correntes religiosas, não privilegiando os membros dessa ou daquela corrente nem inviabilizando ou tornando difícil a existência de quaisquer uma delas”.

De acordo com José Mauro, há casos curiosos na prática jurídica. Ele cita dois exemplos: o preâmbulo da Constituição Federal e os feriados católicos que são impostos a funcionários públicos de outras religiões.

‘Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL’.

(Preâmbulo da Constituição Federal)

O governo federal pareceu não se importar com a matéria da Folha de São Paulo. A resposta oficial foi dada pela Ministra das Comunicações, Helena Chagas, em seu twitter.



Acima de tudo, como bem explicou José Mauro, o estado laico defende a liberdade religiosa, o que não representa desrespeito com nenhuma denominação religiosa, seja cristã ou não.

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Vestibular e concurso Público

Cobra Tecnologia
Luis Gonzaga Guimarães Filho

Estão abertas as inscrições para a Cobra Tecnologia, que nada mais é do que a empresa responsável por toda parte de tecnologia do Banco do Brasil.

Serão oferecidas 1.233 vagas para diversas áreas técnicas e 914 para técnico administrativo que só exige o diploma de ensino médio (antigo 2º grau). As inscrições foram abertas no dia 29/12/2010 e vão até o dia 31/01/2011, e seus valores variam de R$18,74 a R$21,96. A prova está prevista para o dia 20/03/2011.

Mas o que eu gostaria de ressaltar nesta coluna, dedicada ao concurseiro que há dentro de cada um de nós, é que as pessoas mais acostumadas a fazer concursos, ou mesmo acompanhar notícias sobre o assunto, já perceberam, pelo valor das inscrições, que a banca organizadora, ESPP (Empresa de Seleção Pública e Privada), não tem muita experiência na organização de grandes concursos como este. O edital possui desde erros de diagramação até erros conceituais, como por exemplo, no programa da prova de matemática, ele fala em volume de polígonos, e nós sabemos que polígono não tem volume, apenas sólidos geométricos (cubos, primas, pirâmides, etc) têm volumes. Outra informação que é importante de se passar é que a ementa engloba quase todo o programa de ensino médio. Serão 15 questões de Língua Portuguesa, 15 de matemática e 35 de conhecimentos específicos.

Uma coisa que não gosto é de falar em fraude em concursos púbicos, pois se você acredita que há fraude em todo concurso, nem perca seu tempo fazendo a prova de qualquer um. Mas se você vai levar a sério este concurso da Cobra Tecnologia, fique muito atento a tudo que o envolve, porque em casos como este, é muito mais fácil de acontecerem erros.

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Nota

Caros amigos, fiz um artigo para a revista eletrônica do Jesus Histórico e suas Recepções. O tema do trabalho é: Um retrato de Judas - uma nova interpretação do Evangelho de Judas.

http://www.revistajesushistorico.ifcs.ufrj.br/index.html

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Editorial

Já são mais de 500 mortos na Região Serrana. Infelizmente, a única novidade, ao longo dos anos, é o aumento de mortes. Parece que a vida humana não tem o menor valor para as nossas autoridades, independentemente de partido político.

O cenário se repete: os cientistas avisam que há perigo de fortes chuvas em determinada região; o governo local acredita (ou fingi acreditar) que trata-se de um devaneio; a chuva ocorre; milhares morrem ou perdem tudo; a autoridade quer se mostrar uma figura pública; a sociedade faz a sua parte doando alimentos, remédios e roupas; o governo federal e estadual promete álbuns bilhões na ajuda da reconstrução da cidade; o governante local se entusiasma com o montante da ajuda; a cidade é reconstruída com inúmeros desvios de verbas; a população local fica muito satisfeita; o prefeito é reeleito.

Em outras palavras, trata-se de uma receita de bolo. Infelizmente, o recheio é a morte e o desespero de milhões de pessoas.

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Exclusivo

‘90% de chance para a renovação’

O zagueiro Leandro Euzébio foi um dos grandes nomes da conquista do tricampeonato brasileiro. Assediado por outros clubes, ele está em Mangaratiba fazendo a pré-temporada com toda a equipe. Em uma entrevista exclusiva ao Blog Desburocratizando, ele falou sobre Libertadores, reforços, seleção brasileira e renovação do contrato. “Faltam apenas alguns detalhes a serem discutidos”.



1. Como anda a renovação do contrato com o Fluminense?

90% de chance de prorrogação com o vice de futebol Alcides Antunes, renovando o contrato por mais dois anos. Faltam apenas alguns detalhes a serem discutidos para que eu possa falar sobre uma posição definitiva sobre o assunto.

2. Aos 29 anos você vive o melhor momento de sua carreira. A seleção brasileira ainda é uma meta sua como jogador?

Todo jogador pensa nisso. Mas tenho certeza de que o técnico da seleção, Mano Menezes, busca jogadores mais jovens para a Copa de 2014.

3. Como você vê o time do Fluminense para 2011?


Com a chegada de reforços, acredito que a tendência é conseguir estruturar uma formação mais forte do que a representada pela equipe de 2010.

4. Ter um time com vários craques credencia o time como favorito no Carioca, Libertadores e Brasileiro?

Acredito que sim. Porém, é importante reforçar tudo aquilo que temos trabalhado: humildade, união, integração da equipe dentro e fora de campo e muito trabalho duro - esta é o segredo para um desempenho de alto nível em campo.

5. Qual foi o maior mérito da equipe na conquista do tricampeonato brasileiro?

Sem dúvidas, a vinda do técnico Murici e de sua equipe. É indiscutível a sua capacidade de tirar o melhor de cada atleta, individual e coletivamente. É importante ressaltar, também, que o time sempre se manteve unido e focado na vitória, respeitando os adversários e encarando cada desafio em campo como se fosse a final do próprio campeonato.