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Exclusivo

Um DVD para comemorar dez anos de sucesso


São quase dez anos de carreira, quatro discos lançados, um inusitado, experimental e bem sucedido projeto de singles em um pen drive e shows por todo o país. Estou falando de Wilson Sideral, cantor e compositor de sucessos como ‘Não pode parar’, ‘Um beijo seu’, ‘Maria’, ‘Fugindo de mim’, além da canção ‘Fácil’, uma das músicas mais ouvidas da década de 90, gravada pelo seu irmão, Rogério Flausino (vocalista do Jota Quest). Em uma entrevista exclusiva ao Blog Desburocratizando, Sideral falou sobre sua carreira, parcerias com o irmão e os projetos para 2011. “Estamos em captação dos recursos da Lei de Incentivo à Cultura para a gravação do meu primeiro DVD [Ao Vivo]”.



1. Seus dois primeiros discos foram lançados pela Universal e os dois últimos pelo seu selo Sideral Experience. Quais as vantagens e desvantagens de ter um selo próprio?

No mundo independente, o artista tem muito mais liberdade criativa e de pensar alternativas para a divulgação de sua obra, as idéias inovadoras estão aí, tomando conta da rede mundial, novos formatos de mídia, interatividade com os fãs, uso de ferramentas não convencionais como as redes sociais, etc... O que falta ao mercado independente é uma melhor logística de distribuição de discos, dvds e 'afins'... e um investimento inicial forte para dar visibilidade a um novo trabalho!!

2. Seu último trabalho de inéditas, Dias Claros, foi lançado em 2007. Há planos para um novo álbum para 2011?

Bem, nesse meio tempo, entre o álbum "Dias Claros" e o projeto para 2011, lancei um trabalho experimental chamado #SINGLES, um 'Pen Drive' contendo cinco canções inéditas, seus respectivos videoclipes, um documentário dos bastidores, extras acústicos, letras, cifras, fotos, wallpapers... Este projeto especial está gerando um interesse bacana nas pessoas que me acompanham, e na mídia de um modo geral! Pra 2011, estamos em captação dos recursos da Lei de Incentivo à Cultura para a gravação do meu primeiro DVD [Ao Vivo]. Este será o principal trabalho para 2011, um DVD comemorando 10 anos de carreira.

3. Fale um pouco mais sobre o projeto Pen Drive Singles?


Tinha algumas canções inéditas prontas, fiquei com vontade de registrá-las com minha banda, sem a intenção inicial de isso vir a ser um CD, no meio do processo todo, convidei o amigo e diretor de video, Marinho Antunes, pra nos acompanhar no estúdio, ele filmou todo esse 'dia a dia' de uma gravação, e o resultado final nos empolgou a criar, com este material, videoclipes das músicas, um making of das gravações, etc. Mas, pensei, como vou lançar isso se não é um CD, nem um DVD?? rsrsrs. Então, trocando idéias com os envolvidos, tivemos a idéia de colocar todo esse material num Pen Drive, que suporta os arquivos brutos de áudio, vídeo, imagem, texto... Enfim, nasceu o Pen Drive #SINGLES.

4. O uso de novas tecnologias pode ser entendido como uma forma de driblar a crise das gravadoras e a pirataria?

Com certeza! É importante gerar curiosidade nas pessoas, está todo mundo buscando 'o novo', as idéias 'borbulham' a todo momento, a velocidade do mundo virtual criou essa demanda, e eu ainda não vi nenhum Pen Drive "pirata"!! rsrsrs. 'Tamo' passando a perna nos 'pirateadores'... Saindo na frente deles!! E, na verdade, a idéia nem é ganhar dinheiro com a venda desse material, é que todo mundo tenha acesso ao que eu venho fazendo de novo. A gente sabe que a receita do artista vem dos shows que ele faz, há muito tempo, venda de discos deixou de ser o foco, o negócio é todo mundo conhecer seu som e querer te ver [Ao Vivo]!!!

5. Você é um dos artistas que mais utilizam o twitter. Como é seu contato com os fãs?

Tenho me aproximado demais das pessoas que curtem meu trabalho, em pensar que há alguns anos eu tinha "medo" de computador... rsrss. Hoje é minha principal ferramenta de contato com as pessoas, de divulgação e até de expor o que penso. Tem sido uma longa jornada de conhecimento e de abrir minha cabeça ao novo. E, como bônus, ainda estou tendo a oportunidade de conhecer muitas bandas e artistas novos excelentes,
através dos links que recebo todo dia. Isso é reciclagem, isso muito bom!!!

6. Seu irmão, Rogério Flausino, fez muito sucesso no Jota Quest com duas parcerias suas: ‘Fácil’ e ‘Na moral’. Podemos dizer que é uma briga caseira - rsrsrs?

Imagina, nós somos dois apaixonados por música, somos da mesma 'facção', rsrsrs. Gente que veio do interior, que cantou no boteco, nos "bailes da vida", a 'roda de viola' ainda rola solta lá em casa quando estamos juntos. Não há disputa, briga, a gente se ama, respeita muito o trabalho um do outro, e, se Deus quiser, ainda faremos muita coisa juntos pela música do nosso País.

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Fé e Política

Dos mitos de nascimento divino ao comércio da sociedade do consumo

André Barroso

Em meio ao marasmo e ressaca que quase sempre marca uma grande data festiva de âmbito mundial, pelo menos onde se constituiu o cristianismo, foi ao ar o Programa Fé & Política pela Rádio Bicuda FM, 98,7 no dia 25 de dezembro de 2010, cuja pauta era dar um tratamento histórico e social para o tema do natal tendo como base as narrativas da infância em Mateus e Lucas em contraposição ao espírito extremamente comercialista pelo qual a data foi tomada, principalmente na contemporaneidade.

Nosso convidado foi o Prof. Lair Amaro pesquisador da área de cristianismo antigo cuja principal ocupação é promover cursos em cristianismo antigo no Centro Loyola de Cultura e Fé-PUC-Rio. Em tempo vale destacar que ele estará ministrando um curso a partir de março sobre o Apocalipse e o embate com o império Romano.


Com intervenções dos programadores e dos ouvintes através do telefone e e-mail, o professor Lair desconstruiu uma visão moderna de mito que relaciona com mentira, ficção e crendice, dizendo que o mito tal e qual se aplica na antiguidade deve ser tratado dentro de um processo de racionalidade, pois não um momento específico onde termina o mito e começa a razão, para os antigo o mito é também uma construção racional cercada de toda a historicidade que compõe o mundo antigo, inclusive o divino, o mágico o extraordinário.

Partindo deste pressuposto ele afirma que as narrativas da infância são míticas e surgem em um tempo e espaço específicos de duas comunidade, Lucas (exaltando a figura da mãe Maria) e Mateus (dando destaque para o papel do pai José), com leituras de um evento completamente diferentes, sem referências em escritos anteriores como nas cartas autênticas de Paulo ou no Evangelho de Marcos (50/70 d. EC) e mesmo posteriores nos escritos atribuídos a João ou à comunidade do discípulo amado (100 d. EC). Assim, as narrativas da infância cumprem um papel específico no interior de duas comunidades que, segundo Lair, se insere em uma relação de poder entro dois tipos de judaísmo, o judaísmo farisaico e o judaísmo de Jesus.

Lair ressaltou a importância das releituras do cristianismo na modernidade onde se acentua o antiimperialista da mensagem, ainda que tenha que se acentuar que Jesus, nas imagens dos evangelistas, tenha como principal propósito fazer a vontade do Pai, esta vontade não se coaduna com o interesse imperialista romano aplicado na Judéia e na Galiléia pelas mãos das elites e das autoridades político-religiosas. Tanto o é assim que ele teve como prêmio uma morte conquistada apenas por aqueles que se apresentavam como rebeldes ou desafiavam o sistema imperial e sua estrutura de dominação pautada no poder político, na força militar e no poder econômico.

Atualizando o tema, torna-se um paradoxo o uso comercial do nascimento de Jesus por dois motivos. A saber: a) a data comemorativa é uma construção, já que as narrativas da infância o são igualmente. Sendo assim, não se pode precisar a ano do nascimento, quanto mais seu dia, pois o nascimento extraordinário está relacionado com uma vida extraordinária e não o contrário; b) a simplicidade como o mito do nascimento se apresenta nas narrativas da infância e vida do menino-deus desafia qualquer opulência e uso comercial que esconda a injustiça contra o órfão e a viúva, que fez do templo um esconderijo de ladrões.

O recorde de venda batido pelos shoppings e lojas a cada natal esconde um trabalho desumano a aviltante, onde só se aprofunda a mais-valia seja ela relativa ou absoluta, um trabalho alienado de homens e mulheres, que muitas vezes são dispensados tão logo se acabe a necessidade do comércio.

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Dica da Bella

Eclipse Lunar

O último eclipse total da Lua deste ano foi visto em alguns países da América, Ásia e Europa, na madrugada desta terça-feira. O próximo eclipse só acontecerá daqui a 94 anos! Foi o último eclipse lunar total do ano e da década. Esse fenômeno acontece quando a Terra fica entre o Sol e a Lua criando uma sombra sobre o satélite.

Beijos Isabella Ardente.

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Editorial

Feliz 2011: que venha o Ano Novo

Caros amigos,

Este é o último post do ano. A sensação é de alívio. Acredito que o trabalho do blog Desburocratizando tenha encontrado o rumo certo. A quantidade de acessos comprova esses dados.

Neste final de ano surgiram idéias, novos projetos e, se tudo der certo, em 2011, estaremos em busca de novidades e da solidificação do nome do blog.

Enfim, mais do que tudo, gostaria de agradecer o apoio de todos nessa empreitada. Convido que tornemos este espaço um palco de interação e que possamos mostrar mais qualidades do que defeitos em nosso país.

Os interessados em participar do blog com críticas, sugestões ou criação de colunas pode nos encontrar nas redes sociais:

E-mail: govitor@yahoo.com.br

Twitter: @vitorgagliardo

Orkut: procure por Vitor Gagliardo

Facebook: procure por Vitor Orlando Gagliardo

Neste próximo ano que possamos buscar nossos sonhos. Escrevendo este post uma frase veio em minha mente: ‘se você acredita que este é o caminho certo, persista. A felicidade pode estar a um passo’. Que tal começar o próximo ano com um belo sorriso?

Um Feliz Ano Novo.

Um abraço

Vitor Orlando Gagliardo

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Exclusivo

Propaganda espanhola onde padre incentiva uso de camisinha gera polêmica na Espanha

O governo espanhol lançou, na semana internacional de luta contra a AIDS, uma campanha publicitária intitulada ‘Bendita a camisinha que tira a AIDS do mundo’. O objetivo do governo era que com esta campanha, os espanhóis utilizassem os preservativos em larga escala.

A grande questão é o conteúdo abordado pelo anúncio. Trata-se de um padre utilizando a hóstia e logo em seguida, com uma camisinha na mão. Imediatamente, as vozes da Igreja se levantaram contrárias às idéias expostas.



A pedido do Blog Desburocratizando, o renomado historiador, Prof. Dr. André Leonardo Chevitarese (UFRJ), analisou esta campanha em uma visão crítica levando em consideração os ideais da Igreja Católica, além de outras experiências religiosas.

‘Olhando essa peça publicitária, de imediato, ela pareceria ofensiva, contendo, até mesmo, pitadas de vilipendio a fé de milhões e milhões de católicos disseminados pelo mundo. Outros grupos de cristãos e de muitas outras experiências religiosas poderiam se solidarizar aos católicos, aumentando significativamente o mal-estar causado por esse tipo de campanha que usa (ou sugere o uso de) símbolos religiosos para comunicar uma idéia.

Na parte superior, um rosto humano e mãos ritualisticamente reunidas, sugerindo uma espécie de gestual sagrado, segurando uma camisinha branca, que mais parece uma hóstia consagrada. Uma frase acompanha esse quadro: Toma Medidas (Tome uma medida); na parte inferior, o mesmo rosto humano e mãos que agora seguram uma camisinha de cor avermelhada, seguida do verbo: Úsalo (Use-o).

Ao considerar os elementos e signos contidos nessas duas imagens, não há como não se lembrar das posições da Igreja Católica quanto ao uso de preservativos nas relações sexuais. Contudo, se essa polêmica parece saltar os olhos, pelo que ela traz de explícito, um olhar mais atento, sugere um diálogo extremamente original, cujo cerne é a vida: o católico, ao comungar, enchesse-se de vida, pois recebe o próprio Cristo ressuscitado; ao mesmo tempo, todo aquele que usa camisinha também se enche de vida, pois está protegendo não apenas a si mesmo, mas o seu próprio parceiro de todo um conjunto de doenças sexualmente transmitidas’.

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Utilidade Pública

Para quem quer passar em um concurso público

Para quem busca a estabilidade financeira na vida, passar em um concurso público parece o caminho mais fácil. No entanto, a acirrada concorrência e as provas mais elaboradas, foram os candidatos a uma preparação melhor a cada dia.

Sendo assim, uma das opções é o curso Premium Preparação para Concursos Públicos que está abrindo uma turma básica para nível médio trabalhando com as principais bancas. No primeiro módulo terão aulas de matemática, português, informática, e legislação. Serão aulas com teorias e exercícios pertinentes a compreensão da matéria que esta sendo dada, além de questões retiradas de provas de concursos anteriores.

De acordo com o coordenador do projeto, o matemático Luis Gonzaga Guimarães Filho, a importância do concurso público nos dias atuais se explica pelo possibilidade de uma maior fiscalização da sociedade, além do ponto de vista econômico. “

De acordo com Constituição de 1988, todos os funcionários públicos só podem ser contratados por meio de concurso púbico. Isso é muito importante em um país onde as práticas nepotistas são comuns e, de uma certa forma, o concurso possibilita uma melhor fiscalização por parte da sociedade de quem está assumindo o cargo público. Do ponto de vista econômico, ele é fundamental, pois em um país com as proporções do Brasil, tanto populacional, quanto territorial, obrigam que o governo tenha uma máquina publica grande, para que a administração funcione com eficiência. Além disso, o Brasil é o país com terceira maior carga tributária do mundo, e o salário dos funcionários públicos, é uma forma de esse dinheiro que é arrecadado, voltar para a economia, e assim movimentar a tão famosa roda da economia.

Além da parceria com o Sintuperj/UERJ, o Premium traz desta vez, uma parceria com a Cedicom, uma renomada ONG sediada na Tijuca. A Cedicom tem tradição de qualidade em todos os projetos que realiza e por isso a opção da parceria com o Premium Concursos. As inscrições já estão abertas e são limitadas.

Onde se inscrever:

Cedicom & Premium: Rua Dr. Satamini – 35 Tijuca Rio de Janeiro – RJ ( Enfrente a igreja de São Francisco Xavier, e a saída do metrô). Telefone.: 2569-6057. Na internet: http://www.cedicom.org.br/

Sintuperj/UERJ & Premium: Rua São Francisco Xavier, 524 - UERJ, Bloco D, Sala 1020 Maracanã, Rio de Janeiro-RJ. Telefones: 2234-0945 / 2334-0058.

Para maiores Informações:

e-mail: premiumconcursospublicos@gmail.com

site: https://sites.google.com/site/premiumconcursospublicos/

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Exclusivo

A fonografia de massa, com o direto e exclusivo fim comercial é que se encontra ameaçada’

Igor Garcia é formado em Comunicação Social com habilitação para Publicidade e Propaganda. É pós-graduado em Teorias e Práticas de Comunicação. Seu interesse pela música, iniciado desde criança, tornou-o um especialista no tema. Os frutos de suas pesquisas já podem ser conhecidos pelo grande público. Além de possuir um blog especializado no tema (http://oladobom.blogspot.com/), Igor está lançando o livro ‘B, O Lado Bom - A Produção Fonográfica Independente Brasileira’ (Ed. Annablume’. Em uma entrevista exclusiva ao Blog Desburocratizando, ele falou sobre sua carreira, projetos e desmembrou esse cenário desconhecido pelo grande público. “Um simples computador, mesmo os adquiridos em lojas populares de varejo, está apto a fazer às vezes de estúdio, fábrica de suporte – agora virtual –, distribuidora e veículo de comunicação. Pode-se dizer, portanto, que nunca os independentes tiveram tanta independência”, afirma.

1. Como você define o atual cenário fonográfico mundial e, em especial, o brasileiro?

Percebo a fonografia hoje em momento decisivo. Dada a perda de eficácia das tradicionais fórmulas de produção, distribuição e divulgação, as gravadoras procuram agora novos meios de explorar a música. Tendo a pirataria física e virtual como agravante, o disco cada vez mais perde seu status de produto, sobretudo no universo da música de massa. Assim, a renda oriunda de shows e licenciamentos, que outrora foi acessória, tende agora a ser a principal. As companhias Warner e Sony/Day1 recentemente se ofereceram como agenciadoras de seu cast. Os artistas que compactuaram com a parceria – poucos, diga-se –, passam a ter de dividir compulsoriamente a participação na receita que já havia sido de sua exclusividade. Nota-se, neste ínterim, principalmente no Brasil, o êxodo de artistas rumo à autonomia fundando seus próprios selos e produtoras, perdendo em comodidade, mas ganhando em patrimônio, em liberdade e poder de decisão.


O grande trunfo da fonografia, no entanto, inegavelmente se dá através da internet e suas redes sociais, que beneficia – sobretudo – os novos artistas. A técnica e a mídia se democratizaram de tal maneira que qualquer um que possua um computador pode registrar, editar, mixar, distribuir e difundir uma criação musical. Não percebo a fonografia em xeque, como muito se profere. Ela está em franca ascensão, sobretudo a segmentada. A fonografia de massa, com o direto e exclusivo fim comercial é que se encontra ameaçada.

2. As fórmulas de trabalhos ‘ao vivo’ e ‘acústicos’ estão desgastadas?

Tais produções ebuliram em meados dos anos 90 após uma década de produção musical marcada por sintetizadores, muito responsáveis pela sonoridade pobre e artificial da música popular dos anos 80. Apesar de as gravações ‘acústicas’ e ‘ao vivo’ serem editadas e retocadas em ambiente de estúdio tanto quanto qualquer produção tradicional, elas ao menos parecem conservar certa aura temporal, o “aqui” e do “agora” de uma apresentação ao vivo, reportando o ouvinte a um ambiente mais realístico. Ressalte-se a oportunidade de trazer novamente à tona sucessos outrora consagrados, tornando-os novamente comercializáveis. Trata-se, portanto, de uma das fórmulas mais exitosas e lucrativas da indústria cultural. Tanto mais atrativo é o registro audiovisual destas produções, que tomam novo fôlego graças à popularização do DVD. Muitos dos ‘acústicos’ da década de 90 ressurgem agora em áudio e vídeo em seus volumes 2. São lugares comuns, mas ainda bem aceitos.

3. No livro ‘Lado B, O’ você aponta que as produções independentes estão ganhando força no mercado. A internet seria a causa dessa expansão?

Conforme mencionei há pouco, a internet e suas redes sociais configuram um precioso veículo de comunicação e difusão, certamente o mais democrático de que se tem notícia. Há cerca de 30 anos, quando as produções independentes começaram a se popularizar, o artista ainda arcava com altos custos para produzir um álbum de forma autônoma: os estúdios trabalhavam com o pouco prático e caro sistema analógico; o disco era LP, cujo fabrico é marcado por etapas artesanais – como a galvanoplastia, processo de geração de matrizes que envolve, entre outros materiais, a nobre prata. Uma vez prensados os discos, partia-se para a árdua etapa de distribuição e divulgação, ainda mais complicada numa época em que os eventos culturais e os veículos de comunicação eram em grande parte de massa. Era pouca ou nula a motivação de um lojista em comercializar o disco de um nome ou estilo desconhecido. Da mesma forma um programador de rádio ou televisão, sem receber o usual incentivo financeiro por parte da gravadora – o ‘jabá’ – não teria este interesse.

Através das facilidades trazidas pelo sistema de gravação digital, percebemos também a democratização da técnica. Um simples computador, mesmo os adquiridos em lojas populares de varejo, está apto a fazer às vezes de estúdio, fábrica de suporte – agora virtual –, distribuidora e veículo de comunicação. Pode-se dizer, portanto, que nunca os independentes tiveram tanta independência.


4. Grandes artistas como Djavan, Moska, Flavio Venturini, entre tantos outros, estão criando o próprio selo. Essa iniciativa pode ser entendida como uma medida à crise das gravadoras?

Esta foi uma questão que também procurei elucidar em ‘O Lado B’, que lista várias de tais produtoras e selos fundados por artistas consagrados ou com algum espaço já consolidado na mídia. Destaco, em especial, alguns: Albatroz, de Roberto Menescal; Amigo Records, de Roberto Carlos; Andança, de Beth Carvalho; Biscoito Fino, de Olívia Hime; Canto da Cidade, de Daniela Mercury; Carioca Discos, de Claudio Jorge; Dabliú, de José Carlos Costa Netto; Duncan Discos, de Zélia Duncan; Garota Sangue Bom, de Fernanda Abreu; Geleia Geral, de Gilberto Gil; Jam Music, de Jane Duboc; Lua Discos, de Thomas Roth; Luanda, de Djavan; Phonomotor, de Marisa Monte; Quitanda, de Maria Bethânia; Ramax, de Elba Ramalho; Roupa Nova Music, do grupo Roupa Nova; Sonhos e Sons, de Marcus Viana; Terreiro Discos, de Hélder Vasconcelos.


Com base nos depoimentos colhidos e pesquisados, posso crer que produtores e artistas reconhecidos costumam abandonar o sistema tradicional das majors partindo para o mercado independente almejando liberdade, tratamento personalizado e mais respeitoso além de controle próprio sobre sua obra. Deve-se ressaltar, entretanto, que a preocupação maior com a arte dificilmente poderia ser posta em primeiro plano por tais artistas se esses não tivessem conquistado a estabilidade em suas carreiras através do porto seguro ainda tentador oferecido pelas grandes gravadoras.

5. Quais as vantagens e desvantagens de ser independente no país?

Como já expus em momentos anteriores, uma produção independente pode prescindir parcial ou totalmente de questões outras, alheias à arte. É um pensamento lógico: quanto menos pessoas houver à volta de um artista, mais ele poderá ter liberdade de criação. Por outro lado, sem o amparo de uma companhia ele terá de empreender tudo, ou quase tudo, a sós. Terá ainda dificuldade no acesso dos veículos de maior alcance e na distribuição física de seu disco, se for o caso. Ressalte-se, no entanto, que muitos artistas contratados por grandes gravadoras tiveram início independente – vide NX Zero, Cine, Fresno e Mallu Magalhães. Como melhor elucido em ‘O Lado B’, as majors muitas vezes enxergam no mercado independente uma vitrine para novas oportunidades.

6. Quais os conselhos que você pode dar para alguém que esteja iniciando um caminho independente?

Primordialmente, creio ser necessário considerar a intenção da empreitada: aonde se quer chegar com ela, por qual razão fazer. Deve-se ainda pesquisar referências, conhecer com maior profundidade seu universo musical, pensar em novas propostas estéticas e, por fim, ter bom senso e discernimento para fazer de forma original e verdadeira o que se quer para não ser apenas mais um nome descartável no cenário artístico.

7. Falando de você, como surgiu seu interesse pela música?

Desde a primeira infância eu me via arrastando para onde ia minha vitrola e meu gravador. Por aquela época comecei a estudar violão e um pouco mais tarde piano, que foi decisivo para aprimorar minha percepção musical. No entanto, estive longe de ser um virtuose em tais instrumentos. A vida me levou para outros caminhos e hoje talvez mal me recorde de como executar um simples acorde.

Em relação às pesquisas, iniciei-as com grande arrebatamento no início da adolescência, quando resolvi comprar um toca-discos – aparato já tido como obsoleto àquela década de 90 –, e iniciar uma coleção de álbuns que inexistiam no formato CD e muito menos em Mp3. Surpreendente e inesperadamente os discos de vinil voltam a ser valorizados, como relatei em post de meu recém-criado blog: oladobom.blogspot.com.

Formei-me em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda e me pós-graduei em Teorias e Práticas da Comunicação. A pesquisa “O Lado B”, desenvolvida inicialmente como monografia apresentada à Fundação Cásper Líbero, é agora levada a público através da editora Annablume, companhia atenta ao segmento acadêmico. Seu lançamento ocorreu no dia 04/12 na livraria Martins Fontes, em São Paulo, e já se encontra disponível no site da editora: annablume.com.br. Até o mês de fevereiro de 2011, estima-se estar distribuído nacionalmente nas boas redes do ramo.

Sou também colaborador do livro “As Meninas do Cy – Vida e Música do Quarteto em Cy” – Coleção Aplauso/Imprensa Oficial, a ser lançado em janeiro – da autoria de minha amiga Inahiá Castro, para o qual pesquisei e comentei a discografia de um grupo que é referência em harmonia vocal. Este, por sinal, é um segmento de música que especialmente me apraz. Ouso gravar e mixar caseiramente arranjos para três, quatro ou mais vozes feitos para conjuntos vocais, mas configurando um mero e despretensioso hobbie.

Por fim, agradeço o convite e o apoio de vocês neste espaço. Ficam os meus desejos de harmonioso Natal e próspero 2011 com vida longa ao blog Desburocratizando.

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Fé e Política

André Barroso

No último dia 19 de dezembro completou-se um mês da estréia, na Rádio Bicuda FM 98,7, localizada no pé da Serra da Misericórdia, onde se protagonizou nos últimos dias a maior ação carioca de pirotecnia militar e Reality Show gratuito para a mídia global, do Programa Fé & Política, uma iniciativa de cristãos católicos que movidos pelo imperativo evangélico de justiça não toleram o desrespeito aos direitos básicos dos cidadãos, seja pelo poder público, seja por ações de intolerância religiosa e/ou cultural da sociedade, ou mesmo por ações dos indivíduos em suas práticas cotidianas.

O grupo de programadores é formado por André Barroso, Carlos Pet, Julyanna Costa, Leandro Avellar e Alberto Patrício todos advindos das pastorais sociais da Igreja Católica nas Zonas Oeste e Norte do Rio de Janeiro onde o grande mandamento é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, o que pode estar na base do diálogo inter-religioso, principalmente com as religiões de matriz africana que se expressa na participação destes na Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR-RJ).

Ao longo destes cinco programas tratamos de quatro grandes temas com relevância para a ação social da igreja católica e para qualquer religião ou religioso, já que o programa é produzido e dirigido por católicos que têm como norte de conduta o respeito à diversidade sócio-religioso-cultural. São eles: a) a doutrina social da Igreja; b) Questões étnico-raciais e a garantia de seus direitos; c) Segurança pública e as ações do estado nas comunidades cariocas; d) Meio ambiente e a criação divina; todos com suas interfaces na educação ou falta dela por parte do gestor público.

Contamos neste um mês de vida do programa com intelectuais e militantes das questões sociais das igrejas, universidades e movimento social. O Pe. José Roberto Pereira professor de Doutrina Social no ISTARJ e pároco da Paróquia S. Jerônimo em Coelho Neto, se mostrou muito preocupado com espiritualização e individualismo de cristãos católicos quando o diferencial do cristianismo, segundo ele, seria a encarnação do verbo que daria ao cristianismo a prerrogativa que o amor ao pai deve passar necessariamente pelo amor ao próximo numa perfeita comunidade. Renato Nogueira, José Claudio Alves e José dos Santos ambos os professores da UFRRJ trataram Educação e questões raciais, segurança pública e violência estatal e segurança pública e violência a partir da juventude. Ambos pronunciaram em uníssono que o poder público estadual e municipal não possui uma ação pública que visem atender a maioria da população e que a ótica da segurança em nosso estado sempre foi e continua sendo do confronto e do extermínio, onde morrem milhares de jovens por ano só no estado do Rio de janeiro. Para o professor José Claudio Alves, o Chicão, o bandido na visão das forças policiais tem cor e classe social, são negros e pobres moradores da periferia carioca e da Baixada Fluminense, e o professor destacou que o Estatuto da Igualdade Racial sem o estabelecimento de cotas para negros nas universidades públicas pode ser considerado um retrocesso.

Quanto ao governo federal todos os nossos colaboradores reconhecem que há sim um investimento, principalmente no que se refere à educação superior com a criação de universidades públicas e verbas para pesquisa, porém estas são insuficientes e irrisórias se comparadas ao financiamento que o governo federal faz nas universidades particulares sob o nome PROUNE promovendo verdadeiras empresas que nada querem com educação de qualidade e muito menos ação social. Toda essa discussão é costurada por músicas de qualidade selecionada por nosso produtor comercial e operador de áudio Carlos Pet.

Enfim, neste um mês de programa estamos certos de uma coisa: muita coisa tem e pode ser feita para transformar a sociedade, mas esta ação deverá ter como protagonistas os homens e mulheres de boa vontade que juntos devemos levar a frente luta de tantos profetas em tantos outros credos religiosos ou mesmo sem credos algum, onde a justiça é força catalisadora para criação de uma sociedade onde os lobos e cordeiros poderão pastar juntos e não haverá nem judeu ou grego, nem homem ou mulher, mas todos serão filhos da justiça e construirão juntos uma sociedade da paz, não aquela paz fria dos cemitérios, mas aquela que nasce da luta de homens e mulheres, brancos e não-brancos.

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Editorial

Caros amigos,

Este será o último post antes do Natal. Nestas últimas duas semanas, o Blog Desburocratizando tem tido uma repercussão muito boa e gostaria de dividir essa felicidade com todos os nossos leitores.

Muitas novidades estão sendo programadas para o próximo ano. Novas colunas e matérias especiais estão a caminho.

Destaco dois pontos: as ótimas entrevistas com @futebol_pontual e com o Digão (do Raimundos) bateram os recordes de acessos do blog - foram mais de oito mil acessos.

Em segundo lugar, marcamos a estréia de mais dois colunistas: Isabela Ardente, uma menina de apenas dez anos, e o doutorando André Barroso (Unicamp), historiador que passará a escrever uma síntese do programa Fé & Política, que apresenta na rádio Bicuda, no Rio de Janeiro.

Temos mais um colunista confirmado, mas que será divulgado pelo próprio na hora certa. Tenho certeza que vocês gostaram desta futura coluna.

Dito isto, agradeço pelo companheirismo neste trabalho e felicito a todos que tenham um excelente Natal com suas famílias.

Um abraço

Vitor Orlando Gagliardo

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Exclusivo

Precisão e credibilidade: @futebol_pontual

É surpreendente o fato de mais de oito mil pessoas, fãs de futebol, seguirem, pelo twitter, uma pessoa que jamais se identificou. Qual será o segredo do sucesso? Eu encontrei a resposta. Confesso que também sou curioso para saber quem gerencia e posta as notícias do @futebol_pontual. Enfim, tudo o que sei e posso afirmar é que a descrição do twitter (informar com precisão as notícias do mundo do futebol) é verdadeira. Esse é o sucesso: a credibilidade. Desde o início que fiz a proposta de uma entrevista, fui atendido com muita cordialidade e respeito. O que posso afirmar para vocês é que nesta entrevista exclusiva, sem cortes, ao Blog Desburocratizando, o editor do @futebol_pontual contou um pouco sobre a história de seu microblog e opinou sobre a temporada de 2011.



1. A maioria das pessoas que te acompanham no twitter sabe da seriedade do seu trabalho. No entanto, ninguém imagina quem você realmente seja. Você poderia dar alguma pista sobre sua identidade?

Primeiramente, gostaria de aproveitar o espaço e agradecer à todas as pessoas que confiam no meu trabalho e acompanham o @futebol_pontual, realmente o carinho que tenho recebido tem sido fantástico. É a primeira vez que tenho a oportunidade de ser entrevistado como dono deste twitter que surpreende a todos e até mesmo me surpreende. Sobre minha identidade, eu peço um pouco de paciência aos seguidores e aos leitores do seu blog. No momento certo, acontecerá. Ocultar minha real identidade é importante e necessário.

2. Como surgiu esse interesse de postar notícias sobre o mundo da bola?

O Futebol é um meio incrível, que lida com a emoção do torcedor, com a paixão. Sempre fui apaixonado por este momento de contratações e sempre quis fazer parte disso. Acompanhar era muito pouco, por isso escolhi entrar neste meio. E agora, com algumas informações além do que vai pra imprensa, me coloquei no lugar do torcedor que fica em casa e liga o computador desesperado, esperando o time anunciar um reforço. Os sites esportivos muitas vezes deixam as notícias secas, não dão muitos detalhes, precisam respeitar um padrão, uma formalidade, e isso deixa o torcedor um pouco irritado. Ele quer mais e é isso que eu tento oferecer. Se ofereço bem, não sei. Mas tento. É lógico que tenho os meus limites. Não posso postar tudo que sei, mas consigo ser menos seco que os sites esportivos. O Futebol alimenta de esperança o ano de muita gente. Muitas pessoas marcam o ano pela data de jogos do seu time, do estadual até a última rodada do Brasileiro e esse período de contratação serve muito para o torcedor saber o que ele pode esperar do clube dele.

3. Além de gerir o twitter do Futebol_Pontual, você tem outro emprego?

Vou ter que ser muito seco nessa resposta para não dar dicas, mas tenho sim. Não posso entrar em detalhes. Não considero o @futebol_pontual um emprego. O twitter só existe pelo que faço. O @futebol_pontual talvez seja um diário no meu trabalho onde posso contar tudo que chega e passa por mim.

4. Assim como todos que trabalham de alguma forma com o mundo do futebol, há o interesse do torcedor em saber qual o time daquele que está escrevendo sobre o tema. Sendo assim, para qual time você torce?

Esse é o pedido que mais recebo. Todos querem saber meu time. O interesse pelo meu time é maior do que interesse por saber quem é a famosa bola que posta notícias. Eu pensei em revelar, mas até que parei e refleti e optei por não revelar. O problema é que contar o time pelo qual torço, por instinto, muda a visão do meu seguidor ou da minha seguidora. Caso eu revele que sou torcedor de um time, toda notícia que eu postar sobre o meu clube será vista com outros olhos. Imagina a seguinte situação: Dois clubes estão na disputa por um jogador e eu digo que ele está mais perto do X do que do Y e meus seguidores sabem que sou torcedor do X? Com toda certeza vão falar que estou sendo imparcial. Então eu prefiro evitar isso. E o que me deixa mais feliz, é que quando deixo o mistério no ar, cada seguidor escolhe um time e fala pra mim. Essa diversidade de times que escolhem para o @futebol_pontual me deixa feliz. É curioso, quando o torcedor cisma que você torce para um time, chega a ser engraçado. A diversidade de clubes que dizem que sou torcedor de Norte á Sul do país me deixa fascinado, é um sinal claro, que sou bem imparcial e integro com meu trabalho. Mas quero deixar bem claro que tenho um time, sou apaixonado por ele.

5. Suas informações estão sendo copiadas por jornalistas sem o devido crédito. Isso te incomoda?

Incomoda sim. Eu acho que o crédito deve ser dado. É o justo. Paciência. O meio é assim. A lei é não ter lei. Estou satisfeito com o meu trabalho, isso é importante.

6. Qual o maior furo jornalístico que você já publicou?

Tenho dois casos curiosos que, sem dúvida, marcaram o começo do @futebol_pontual. O primeiro é o caso do Valdivia. Foi logo quando comecei o twitter. Credibilidade zero. De 200 pra 600 seguidores em três dias. Torcida do Palmeiras: nervosa, aflita. Senti um pouco o que é a “Turma do Amendoim”. Estava tudo certo entre Palmeiras e o Al Ain. Existia um acordo verbal. Era só um representante do Palmeiras viajar até os Emirados e fechar o negócio. Entre o Palmeiras e o Valdivia então, mais certo ainda. Só que a negociação arrastou, a pressão aumentou, me chamavam de mentiroso todo dia, fui me explicando, que era um negócio que necessitava de calma. Fui levando a galera verde, que hoje por sinal, é o meu maior público. Muito por esse caso. Eu banquei o retorno do “camisa 10” ao Palmeiras 45 dias antes do anúncio oficial. Uma pressão monstro. “E o Valdívia vem?“ oito entre dez perguntas que eu recebia. Só que no meio disso tudo um jornalista árabe que não queria que o jogador fosse embora, me solta uma notícia que ele não chegaria mais. Eu acordei fonte minha, me revirei. Se o cara não viesse, eu tava morto. O twitter ia nascer morto. Mas a fonte é boa, bancou. Eu banquei, deu certo. Depois ainda apareceu o Kfuri falando que o Luxemburgo ligou para o “Mago”, e que era pra ele ficar na Árabia que o Kléber ia ganhar mais que ele. Mas a minha fonte era boa, deu certo! Foi ótimo. O reconhecimento é bom, dura pouco, mas vale muito a pena! E por muito pouco o negócio não melou. Os árabes não gostam que as notícias vazem. São orgulhosos, por isso o Belluzzo não abria a boca naquela época. O Belluzzo foi muito bem nesse caso. Controlou muito bem a situação.

O outro caso que foi uma grande surpresa, foi quando avisei que o Kalil estava em São Paulo e ia trazer o Diego Souza, dois dias depois anunciaram o cara. Foi o grande salto de qualidade do twitter, criou uma identidade. E lógico, a força dos nomes Diego Souza e Valdívia aumentaram e muito a credibilidade do microblog.

7. Fazendo uma projeção para a próxima temporada baseado nos reforços que você está apurando, consegue apontar os principais times para 2011?

É cedo para falar sobre isso, mas vou fazer um rascunho de 2011. Começando pelo futebol de São Paulo que é o mais movimentado, destaco Elano no Santos. É um jogador que faz muito bem o arroz com feijão. O Santos é comandado por um grande presidente, que vai montar um belo time. O São Paulo passa por um momento diferente, espero surpresas, Alex pode chegar, é um ano diferente para o São Paulo. No Palmeiras, Felipão é a aposta, o treinador possui um enorme valor agregado. Grandes jogadores podem chegar pelo que representa Scolari, é a chance do Palmeiras. No Timão, Libertadores é o sonho, vai trazer três ou quatro bons nomes para reforçar o bom elenco.

No Rio de Janeiro, o Fluminense conta com um aporte financeiro para qualificar o elenco e continua apostando no trabalho fora de série de Muricy. O Flamengo espera um grande ano de Luxemburgo, e até mesmo conta com o treinador para articular negócios. O Botafogo manteve a boa base de 2010 e vai trazer jogadores bons e baratos para rechear o elenco. O Vasco vai manter o elenco homogêneo com bons nomes, apostando também em três, quatro nomes para somar.

Em Minas, Cruzeiro que já possui um excelente time e quer melhorar. Perrella não quer gastar muito, confia na base que possui. Apenas nomes da confiança de Cuca serão contratados. O Galo passou do susto de 2010, e agora com a calma de Dorival quer retomar o caminho certo. Boa aposta.

No Sul, o Grêmio quer manter o ritmo que terminou o ano. Renato Gaúcho encontrou o time certo e está fazendo render. Com a vaga na Libertadores de presente de Natal, dois ou três nomes de peso devem surgir. No Internacional será um ano de renovação, novos nomes chegando devido ao fracasso no Mundial.