A partir de quarta feira, primeiro de Setembro, entra em vigor a lei que obriga os motoristas a transportar crianças menores de sete anos em cadeiras instaladas nos bancos traseiros. De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), quem não seguir esta determinação cometerá uma infração gravíssima e prevê multa de R$ 191,54, sete pontos na carteira e ainda a retenção do veículo.
Apenas uma explicação: para as crianças até um ano de idade, deverá ser utilizado um equipamento chamado de conversível ou bebê conforto; para as crianças de um a quatro anos uma cadeira; e para crianças de quatro a sete anos e meio, um assento de elevação.
Motoristas encontram dois problemas: a falta desses equipamentos nas lojas e os altos custos. A lei já foi adiada uma vez por esses dois motivos.
Emprego: qualificação ou indicação? Vitor Orlando Gagliardo - jornalista govitor@yahoo.com.br
Quantas pessoas estão desempregadas em nosso país? Sendo mais direto: quantos jovens buscam seu primeiro emprego? Quantos recém formados estão sem campo de trabalho? Quantas pessoas da meia idade estão sem oportunidades?
O que mais intriga é o que o problema do país não é a falta de emprego. Explico: uma empresa precisa de funcionários. A grande questão é que ela burla a lei. Como? De uma maneira bem simples: contrata estagiário. Vale lembrar que esses estágios não oferecem vínculo empregatício. É proibido exigir de um estagiário a mesma qualidade de um profissional.
Mas as empresas não têm essa preocupação. O objetivo é conseguir mão de obra barata. É por isso, que na maioria das empresas há divergências entre profissionais e estagiários.
Essas discrepâncias ocorrem em todas as empresas. Deveria ocorrer maior transparência nessas ações. Um bom exemplo: o colunista Cláudio Humberto, há quase dois meses, fez uma denúncia que a CEDAE tinha contratado Jorgina de Freitas para trabalhar na assessoria do presidente da empresa, Wagner Victer. Para quem não lembra, Jorgina é a maior fraudadora do INSS com um rombo superior a R$ 1,2 bi. Logo após a publicação, a CEDAE voltou atrás.
Se o país está em desenvolvimento como pregam os candidatos políticos, temos um ciclo natural: o país para crescer precisa de empresas fortes. Essas empresas precisam de mão de obra qualificada. Será que a Jorgina de Freitas tem tanta qualificação assim?
Essa carta foi escrita em 1855 pelo cacique Seattle, da tribo Suquamish, ao presidente norte-americano, Francis Pierre. Dois séculos depois, ela continua bem atual.
"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."
UPP nas ruas
Vitor Orlando Gagliardo - jornalista
govitor@yahoo.com.br
Todos conhecem ou já ouviram falar nas Unidades de Policiamento Pacificadora (UPP). Definem-se como um novo modelo de Segurança Pública e de policiamento que promove a aproximação entre a população e a polícia, aliada ao fortalecimento de políticas sociais nas comunidades, recuperando territórios ocupados por traficantes e milicianos.
Hoje, estão ocupando os morros da Babilônia,/Chapéu Mangueira, Batan, Borel, Cidade de Deus, Formiga, Pavão Pavãozinho, Cantagalo, Providência, Santa Marta. Tabajaras e Cabrito.
É inegável a melhora nessas regiões desde a entrada das UPPs. As pessoas vivem em um clima de segurança que jamais sentiram quando estavam diante dos traficantes. ‘Nunca mais ouvi um tiro”, disse uma moradora do Borel que preferiu não se identificar.
Houve, inclusive, uma valorização imobiliária dessas regiões. O bairro da Tijuca que estava desvalorizado devido a sua proximidade com inúmeras favelas é um grande exemplo. “Vendi meu apartamento há três anos devido à falta de segurança por R$ 80 mil. Hoje, está valendo R$ 250 mil”, disse Ricardo Lopes, comerciante que mora no Méier.
No entanto, o trabalho das UPPs não pode ser apenas de elogio. Os bandidos expulsos dessas comunidades estão atacando nas ruas. Repare que os últimos confrontos entre policiais e bandidos ocorreram nas ruas. Na semana passada, foi em São Conrado, bairro nobre da cidade.
Essa imagem negativa corre pelo mundo. Tanto que a Confederação Brasileira de Futebol divulgou um comunicado, diante do ocorrido no Hotel Intercontinental, reforçando a confiança no poder público no combate à violência urbana. “Em conseqüência, e certo de que essa política de segurança será desenvolvida de maneira contínua, posso assegurar à comunidade esportiva que a cidade-sede do Rio de Janeiro terá em 2014 o clima de normalidade necessário para a disputa da Copa do Mundo”.
É preciso que esse mito favela x asfalto seja desfeito e que a polícia faça um trabalho de prevenção para evitar ocorridos como o da última semana. Não adianta expulsar o traficante da comunidade e deixa-lo solto pelas ruas.
Jogo dos Oito Erros na Cozinha
Vitor Orlando Gagliardo - jornalista
govitor@yahoo.com.br
Lembra de um quadro que passava no Fantástico com o Dr. Bactéria?Então, esse é o pseudônimo do Dr. Roberto Figueiredo. Tem um texto atribuído ao médico que acredito ser de grande utilidade.
Jogo dois Oito Erros na Cozinha
Dr. Roberto Figueiredo, o Dr. Bactéria
1° erro: Lavar as carnes debaixo da torneira.
Primeiro, você perde nutrientes. A carne fica esbranquiçada. Segundo: a contaminação que existe vai aumentar, porque aumenta a quantidade de água e as bactérias vão penetrar mais ainda. A única carne que se lava é o peixe e só para tirar escamas e a barrigada.
2° erro: Colocar detergente direto na esponja, o que leva ao exagero.
O detergente nunca deve ser colocado direto na esponja. Vai ser muito difícil enxaguar todo esse detergente. O resto de detergente que fica junto com os alimentos pode no futuro dar um problema para a sua saúde. Para limpar sem exagero, você precisa apenas de oito (8) gotas de detergente em um litro de água.
3° erro: Usar tábua de carne de madeira.Na tábua de madeira as bactérias ficam te aplaudindo! Tábua tem que ser de plástico.
4° erro: Não guardar comida quente na geladeira.
Este é um dos um dos mitos mais difundidos entre as donas de casa ... Não há erro em guardar comida quente na geladeira. O único problema é que vai aumentar um pouquinho o consumo de energia, mas não vai estragar a geladeira de modo algum.
5° erro: Guardar comida quente na geladeira com o recipiente tampado.
O ar frio vai bater na tampa. Vai demorar muito para resfriar e as bactérias vão adorar! Então, coloque tudo destampado. Depois de duas horas você pode fechar.
6° erro: Furar a lata de leite condensado e utilizá-la várias vezes.
As pessoas pegam a lata de leite condensado e faz dois buraquinho, um de cada lado. Sai leite condensado por um lado e pelo outro entra uma chuva de bactérias. Abram a lata inteira e passem o leite condensado para um recipiente que pode ser de plástico ou de vidro. Sirvam sempre com uma colher, depois tampem e guardem na geladeira.
7° erro: Ignorar as formigas.
Quando se fala em doce, a gente não pode esquecer as formigas. Você provavelmente não se importaria se encontrasse uma formiguinha em cima do seu bolo, não é?
Doutor Bactéria: E se fosse uma barata?
Marina Scherb, de 12 anos: Aí eu não como ...
Doutor Bactéria: Se a gente pegar uma barata, matar essa barata, deixar no meio da cozinha, no dia seguinte, cadê a barata?
Marina: Sumiu.
Doutor Bactéria: Quem levou?
Marina: As formigas ...
Doutor Bactéria: A mesma que estava em cima do bolo?
Marina: É...
Doutor Bactéria: As formigas são consideradas até maiores agentes transmissores de bactérias do que a própria barata ... Doce com formiga só pode ter um destino: a lata de lixo.
8° erro: Soprar velinhas do bolo de aniversário.
Este é um péssimo mau hábito. Testes comprovam que o bolo fica contaminado por bactérias de saliva. Esta bactéria produz uma toxina que pode ocasionar aquelasintoxicações com 24 horas de vômito e mal-estar. Evite, também, deixar o bolo fora da geladeira.
Pe. Cleneu Magri - Vigário da Paróquia Sangue de Cristo
desburocratizando@gmail.com
Comentário do evangelho do 21º domingo do tempo comum (22/08).
“Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir”.
Na perspectiva da catequese que, hoje, Lucas nos apresenta, as palavras de Jesus são uma reflexão sobre a questão da salvação. A catequese é iniciada por uma questão posta na boca de alguém não identificado: “Senhor, são poucos os que se salvam?”.
A questão da salvação era, na realidade, uma questão muito debatida nos ambientes rabínicos. Para os fariseus da época de Jesus, a “salvação” era uma realidade reservada ao Povo eleito e só a ele; mas, nos círculos apocalípticos, dominava uma visão mais pessimista e sustentava-se que muito poucos estavam destinados à felicidade eterna. Jesus, no entanto, falava de Deus como um Pai cheio de misericórdia, cuja bondade acolhia a todos, especialmente os pobres e os débeis. Fazia, portanto, sentido saber o que pensava Jesus acerca da questão …
Jesus não responde diretamente à pergunta. Para Ele, mais do que falar em números concretos a propósito da “salvação”, é importante definir as condições para pertencer ao “Reino” e estimular nos discípulos a decisão pelo “Reino”. Ora, para Jesus, entrar no “Reino” é, em primeiro lugar, esforçar-se por “entrar pela porta estreita” (vv. 24). A imagem da “porta estreita” é sugestiva para significar a renúncia a uma série de fardos que “engordam” o homem e que o impedem de viver na lógica do “Reino”. Que fardos são esses? A título de exemplo, poderíamos citar o egoísmo, o orgulho, a riqueza, a ambição, o desejo de poder e de domínio … Tudo aquilo que impede o homem de embarcar numa lógica de serviço, de entrega, de amor, de partilha, de dom da vida, impede a adesão ao “Reino”. Para explicitar melhor o ensinamento acerca da entrada do “Reino”, Lucas põe na boca de Jesus uma parábola. Nela, o “Reino” é descrito na linha da tradição judaica, como um banquete em que os eleitos estarão lado a lado com os patriarcas e os profetas (vv. 25-29).
Quem se sentará à mesa do “Reino”? Todos aqueles que acolheram o convite de Jesus à salvação aderiram ao seu projeto e aceitarem viver, no seguimento de Jesus, uma vida de doação, de amor e de serviço… Não haverá qualquer critério baseado na raça, na geografia, nos laços étnicos, que barre a entrada no banquete do “Reino”: a única coisa verdadeiramente decisiva é a adesão a Jesus. Quanto àqueles que não acolheram a proposta de Jesus: esses ficarão, logicamente, fora do banquete do “Reino”, ainda que se considerem muito santos e tenham pertencido, institucionalmente, ao Povo eleito. É evidente que Jesus está falando para os judeus e a sugerir que não é pelo fato de pertencerem a Israel que têm assegurada a entrada no “Reino”; mas a parábola aplica-se igualmente aos “discípulos” que, na vida real, não quiserem despir-se do orgulho, do egoísmo, da ambição, para percorrer, com Jesus, o caminho do amor e do dom da vida.