Futebol

Mais uma (quase) baixa e o preparo físico

Regina Valente - jornalista

reginavalente@gmail.com

O fim da temporada européia é a pré-temporada da Copa do Mundo. A cada edição do torneio é a mesma história - gente que participaria, mas se machuca as vésperas do Mundial, jogador que está se recuperando (conhece algum? Pense na nossa seleção...), e por aí vamos. Hoje, os noticiários estão destacando a contusão do atacante Didier Drogba, da seleção da Costa do Marfim, adversária do Brasil na Copa.


Ele passará por um procedimento cirúrgico que, segundo divulgou a imprensa internacional, poderá aliviar o problema e torná-lo apto a jogar por seu país. Mas, novamente, vem a questão: como termos uma Copa do Mundo depois da exaustiva temporada européia - campeonatos nacionais, copas, torneios entre países, Copa da UEFA, Champions League ... são muitas competições, e os atletas já estão no limite.

Sem contar o excesso de preparo físico, para que os jogadores consigam acompanhar a dinâmica do futebol moderno - pura correria. Basta assistir um jogo de 20, 30 anos atrás, para sentir a diferença. Outro dia mesmo, estava revendo, via Youtube, Flamengo x Liverpool, pela final do Interclubes, em 1981. A diferença do estilo de jogo, no aspecto físico, é gritante. Se um jogador levava um tempo X para correr da intermediária até a linha de fundo, hoje, com tanto preparo físico, avanço na medicina, na parte de fisioterapia e até de conhecimento do próprio corpo, esse mesmo atleta faz, talvez, em 20% ou 30% a menos do tempo.

O futebol "correria" que presenciamos hoje, com mais respaldo médico e fisiológico, também sobrecarrega articulações e músculos. Não há corpo humano, por mais preparado que seja, que resista a essa maratona.

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