Música
Ronnie James Dio (1942 – 2010), um dos maiores ícones do Heavy Metal
Flavio Bahiana - jornalista
flaviobahiana@gmail.com
O domingo, dia 16 de maio, amanheceu triste para as pessoas que curtem Rock e, principalmente, para os aficionados em Heavy Metal. Faleceu naquela manhã, Ronnie James Dio, ex-vocalista dos grupos Elf, Rainbow e Black Sabbath; e que também tinha uma sólida carreira solo com o grupo que carregava o seu nome, Dio. Apesar de estar diagnosticado com câncer desde o final do mês de novembro de 2009, a notícia da morte de Dio pegou os fãs de surpresa, já que todos esperavam que ele vencesse esta batalha.

Através destes shows, a qualidade vocal de Dio desperta a atenção de alguns integrantes do Purple. Em 74, o baixista Roger Glover o convida para cantar em seu álbum solo e, no mesmo ano, o guitarrista Ritchie Blackmore deixa o Deep Purple e recruta alguns músicos do Elf, entre eles Ronnie James Dio, para formar o Ritchie Blackmore's Rainbow, que após o lançamento do primeiro disco viria a se chamar apenas Rainbow.
O segundo disco, Rising (1976), é considerado um dos maiores clássicos da música pesada e influenciou a sonoridade de grande parte dos grupos de Heavy Metal das décadas seguintes, como Iron Maiden e Helloween. Este disco é considerado como o auge da parceria Blackmore/Dio, tendo como destaques os grandes riffs de guitarra, o som fortemente influenciado pela música clássica, as letras medievais e o poderoso e versátil vocal de Dio.

O ano de 1979 reservaria a Ronnie James Dio um dos maiores desafios de sua carreia, substituir Ozzy Osbourne no Black Sabbath. Com o Sabbath, Dio colocou de vez o seu nome entre os maiores vocalistas de Heavy Metal, tornando-se um ícone e um dos personagens mais influentes e representativos do estilo. Também foi durante este período com o Sabbath que Dio tornou popular o tradicional gesto dos roqueiros e dos headbangers, a mão em forma de chifrinhos.
Ele não apenas substituiu um vocalista adorado e respeitado como Ozzy, como também renovou e modificou a sonoridade do grupo, como afirma o guitarrista Tony Iommi, no livro The Story of Black Sabbath: Wheels of Confusion (1996), escrito por Steven Rose: “Não foi só a forma de cantar, mas também a atitude. Ozzy era um grande showman, mas quando o Dio veio para o Black Sabbath, houve uma diferença de attitude, com uma voz diferente e uma diferente abordagem musical. Dio pode cantar sobre o riff, enquanto Ozzy segue o riff, como em Iron Man. Dio veio e nos proporcionou outra forma de escrever as músicas”.
Com o Black Sabbath, Dio gravou o clássico Heaven and Hell, de 1980. Um álbum que chega próximo ao nível dos grandes discos gravados com Ozzy Osbourne e que é essencial em qualquer coleção. Foi um sucesso de vendas, alcançando a 9º posição na lista dos mais vendidos na Inglaterra e a 28º, nos EUA. Estas foram as melhores posições alcançadas por um disco do Black Sabbath desde Sabotage, lançado em 75.
Ronnie James Dio chegou a lançar mais dois discos com o Black Sabbath: Mob Rules (1981) e Live Evil (1982). O primeiro foi bem recebido pelos fãs, mas foi duramente criticado pelos jornalistas da época, como pela revista Rolling Stone, que deu apenas uma estrela para o álbum. Live Evil é considerado o primeiro disco ao vivo lançado oficialmente pela banda e foi gravado durante a turnê do Mob Rules.
O processo de mixagem deste disco ao vivo foi o principal motivo da saída de Dio do Black Sabbath. Houve várias divergências de Dio com Iommi e o baixista Geezer Butler com relação às fotos que ilustrariam o Live Evil e a própria mixagem do disco.
Ronnie James Dio chegou a lançar mais dois discos com o Black Sabbath: Mob Rules (1981) e Live Evil (1982). O primeiro foi bem recebido pelos fãs, mas foi duramente criticado pelos jornalistas da época, como pela revista Rolling Stone, que deu apenas uma estrela para o álbum. Live Evil é considerado o primeiro disco ao vivo lançado oficialmente pela banda e foi gravado durante a turnê do Mob Rules.
O processo de mixagem deste disco ao vivo foi o principal motivo da saída de Dio do Black Sabbath. Houve várias divergências de Dio com Iommi e o baixista Geezer Butler com relação às fotos que ilustrariam o Live Evil e a própria mixagem do disco.

Dio ainda voltaria a se reunir com os companheiros de Black Sabbath mais duas vezes. A primeira em 1992, quando lançaram o disco Dehumanizer, que não chega a ser um grande álbum, mas foi o que, comercialmente, proporcionou o maior número de vendagens da banda desde 1983, quando o Black Sabbath lançou o disco Born Again, com Ian Gillan, ex-vocalista do Deep Purple.
No final do ano de 92, Dio entrou em divergência novamente com Tony Iommi. Este queria fazer a abertura dos shows de Ozzy Osbourne em Costa Mesa, Califórnia, o que desagradou Dio, que abandonou o grupo por achar que o Black Sabbath não deveria realizar shows de abertura para nenhuma banda, muito menos para o ex-vocalista.
Como curiosidade, o Black Sabbath realizou os dois shows, substituindo Dio por Rob Halford, vocalista do Judas Priest. Na segunda apresentação, eles contaram com a participação de Ozzy Osbourne em quatro músicas, o que se tornou a primeira reunião do grupo desde 1985, no Live Aid, quando tocaram um pequeno set list de músicas do Black Sabbath.
Em 2006, a Rhino Records lança a coletânea Black Sabbath: The Dio Years e Ronnie James Dio, Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice se reúnem para escrever e gravar três músicas inéditas para o disco. Felizes com os resultados obtidos com as vendagens do álbum e com o sucesso do single The Devil Cried, Iommi e Dio decidem reunir o grupo para uma turnê mundial. Como a formação clássica do Black Sabbath estava na ativa, realizando alguns shows no Ozzfest e sendo incluída no Rock`n`Roll Hall of Fame, os músicos decidem chamar o novo projeto de Heaven and Hell.

Ronnie James Dio não era só um excelente e influente vocalista. Ele também era querido por todos no mundo da música. Basta visitar alguns sites especializados para ver declarações de diversos artistas, como: Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Bill Ward, Geezer Butler, Iron Maiden, Metallica, Ian Gillan, Slash, Rob Halford, Kiss, entre tantos outros.
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