Saúde

Os números da AIDS no Brasil
Luis Eduardo Souza Costa


Em primeiro de dezembro foi celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Em meio às iniciativas e slogans que marcaram a data, o Ministério da Saúde divulgou o Boletim Epidemiológico AIDS/DST 2011, uma compilação dos dados estatísticos que mostram o status da doença no Brasil.

Apesar de reconhecidos avanços, frutos de uma política contínua de campanhas educativas visando a prevenção, aliada à evolução dos tratamentos e de investimentos na qualificação dos profissionais de saúde, o Boletim revela uma questão alarmante: Nos últimos 12 anos, houve um aumento de 10,1 % na incidência da doença entre os homossexuais jovens (de 15 a 24 anos).

Os números coletados apontam que, em 2010, para cada 10 heterossexuais infectados, 16 homossexuais foram diagnosticados com AIDS. Em 1998, a relação era consideravelmente menor: 10 para 12. Não por acaso, o tema escolhido como mote para a campanha deste ano, “A AIDS não tem preconceito-Previna-se”, destaca ações específicas voltadas para esse grupo.

Em contrapartida, todos os demais índices divulgados reforçam a tendência de queda ou de estabilização nas notificações da doença já identificadas nos últimos anos. Desde 1999, a taxa de mortalidade caiu 17 %, passando de 7,6 para 6,3 por cada cem mil pessoas. Os casos de incidência também diminuíram, entre 2009 e 2010 passaram de 18,8 para 17,9 em um universo de mil habitantes. As ocorrências relacionadas às infecções em crianças de até 5 anos, transmissões ocasionadas em gestações de pacientes soropositivas, apresentaram uma queda de 41 % quando analisadas desde 1998.

Em termos regionais, o Sudeste se destaca com um índice de 17,6 casos (em cem mil habitantes) em 2010 contra 19,2 no ano anterior. O Estado de São Paulo respondeu pela maior redução, 18,1 para 15,9. De forma geral, o percentual total de infectados vem se estabilizando em torno de 0,6% da população.

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