Literatura

Livro: Sabores Perigosos - A história das especiarias (Ed. Senac-SP)
Fatima Colonese

Este livro trata da história das especiarias e do modo como seu fascínio funcionou como catalizador para o desenvolvimento de rotas marítimas e terrestres, além de contribuir para profundas mudanças sociopolíticas em país do Ocidente e do Oriente.

A autora Andrew Dalby destaca especiarias, além de mencionar outras tantas dezenas. Cada uma é analisada em separado e associada à região em que foi cultivada originalmente, alpe de ser vinculada aos primeiros textos que as descreveram.

Segundo a própria autora, especiarias são plantas aromáticas utilizadas em alimentos, festividades e na medicina. São produtos naturais, tradicionalmente preparados para serem armazenados por longos períodos ou transportados a lugares distantes.

A obra é dividida em capítulos por tipo de sensação provocada pelas especiarias ou pela região de onde proveem, e a partir daí conta a história de cada verbete. Assim, temos: “Exportações do Paraíso” (gengibre, açúcar, sândalo, bálsamo de Meca, canela, almíscar), “As ilhas temperadas” (cravo-da-índia, noz-moscada, cubeba, cânfora, benjoim), “A costa aromática” (âmbar cinza, ágar), “As montanhas caneladas” (pimenta chinesa, galanga, ruibarbo, ginseng e anis), “A terra da pimenta” (costus, nardo, pimenta longa, pimenta negra, zedoária, amomum), “As espécies mais raras” (guggul, assafétida, olíbano, mirra), “Carregamentos de complacência” (coentro, cuminho, erva-doce, mostarda, papoula, mástique, estoraque, açafrão) e “Encontrei a canela!” (páprica, pimenta rosa, coca, chocolate, baunilha, pimenta, tabasco, canela, bálsamo peruano).

Dalby trata de produtos que viajaram pelo mundo em rotas comerciais desde tempos muito antigos, e cada um teve seu nome partilhado por várias culturas, ganhou novos nomes à medida que cruzava novas fronteiras e foi associado a outros produtos. O resultado disso é que, muitas vezes, um mesmo produto tem vários nomes, e em contrapartida o mesmo nome se refere à vários produtos diferentes.

1 comentários:

Anônimo | 7 de fevereiro de 2011 às 10:08

bem interessante o livro ... junta comida com história.

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