Entrevista
“Fazer Rock Progressivo hoje é difícil em qualquer lugar do mundo”.
Sérgio Hinds tem o seu nome marcado na história da música brasileira, mais precisamente no rock progressivo tupiniquim. O baixista é um dos fundadores da banda O Terço que possui inúmeros hits nos anos 70 e 80, como, por exemplo, ‘Criaturas da Noite’, ‘1974’, ‘Hey Amigo’, ‘O Vôo da Fênix’, entre tantas outras. 40 anos após o lançamento do primeiro trabalho da banda, a gravadora Discobertas está relançando esta obra prima do rock com uma com uma compilação intitulada ‘Tributo ao Sorriso’, composta de faixas lançadas somente em obscuros compactos, entre 1970 e 1971. “Pra mim só é motivo de orgulho ver nosso trabalho reconhecido e colocado à disposição no mercado para os fãs e para as pessoas que procuram conhecer toda discografia do Terço”, afirma Sérgio Hinds.
1. O Terço junto com os Mutantes ainda é uma das grandes bandas do país. Como é fazer rock progressivo no Brasil?
Fazer Rock Progressivo hoje é difícil em qualquer lugar do mundo. A música pop monopoliza as atenções e as execuções nas rádios e tvs. O Progressivo fica condicionado aos espaços alternativos de mídia. Fora da mídia as bandas acabam também tendo dificuldade de vender seus shows. Umas poucas bandas de sucesso internacional sofrem menos esse problema. Terço e Mutantes apesar de bem conhecidos tem dificuldades de ter uma agenda constante.
2. Como é ter relançado o primeiro álbum da banda, 40 anos após o lançamento oficial?
O Marcelo Fróes está de parabéns pelo trabalho que vem fazendo de resgate dos discos que tiveram a sua importância na época e relançá-los remasterizados nas mídias de hoje. Pra mim só é motivo de orgulho ver nosso trabalho reconhecido e colocado à disposição no mercado para os fãs e para as pessoas que procuram conhecer toda discografia do Terço.
3. Há o projeto de novos relançamentos?
Com relação a novos relançamentos, acredito que depende bastante do resultado deste.
4. E sobre um novo lançamento?
Estamos compondo novas músicas para num futuro próximo entrarmos em estúdio para gravarmos um disco de inéditas. Estarei lançando pela gravadora e editora Arlequim no dia 14 de março de 2011 um CD solo gravado ao vivo.
5. Em quais trabalhos está atuando atualmente?
Estou no Terço, com o meu trabalho solo e produzindo o disco da minha esposa Daniela Colla.
6. Em seu site oficial há arquivos para downloads. Acredita que este seja o melhor caminho para driblar a pirataria e a crise financeira que vive as gravadoras?
No meu site só tem duas músicas para downloads. É apenas uma referência ao meu trabalho. Com relação à pirataria, no momento em que se criou o sistema digital tudo pode ser copiado e transformado com a mesma qualidade que o original e com um custo muito baixo. É impossível criar um sistema de proteção, pois tudo que se ouvir ou ver digitalmente pode ser copiado, vendido ou disponibilizado na internet. Com isso, todo o mercado cultural está comprometido com a pirataria. Até os livros estão sendo digitalizados e disponibilizados gratuitamente na internet. Acho que hoje e no futuro o faturamento dos artistas estará muito ligado às apresentações ao vivo.
3 comentários:
Sergio Hinds é guitarrista.
melhor banda de rock progressivo do Brasil
esse disco é um presente para os fãs de rock progressivo
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