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“Éramos uma equipe muito bem adaptada para o nosso trabalho”

Vitor Orlando Gagliardo - jornalista

govitor@yahoo.com.br

Na segunda parte desta entrevista exclusiva ao Blog Desburocratizando, Bonfá falou especificamente sobre Legião Urbana como a possibilidade trabalhos inéditos (“Quem sabe?”) e a crescente idolatria à banda. “Todo mundo sabe, no fundo, que é cada vez mais difícil coisa semelhante acontecer daqui para frente”.

Foto: Emanuelle Bernard

1. Inevitável falar sobre Legião Urbana. Ouvindo seus trabalhos, fica evidente a sua importância no processo de composição da banda. Passados quatorze anos do fim do grupo, a que você atribui toda essa idolatria que cresce a cada dia?

A LU é uma marca que identifica um trabalho de qualidade musical, etc. Acho que todo mundo sabe, no fundo, que é cada vez mais difícil coisa semelhante acontecer daqui para frente.

2. Em uma entrevista, Renato Russo teria dito que não era adepto de fazer shows. Você, como músico, concorda com essa visão?

Renato sempre foi muito fragilizado pelo seu estilo de vida. Muito diferente de mim que sempre fui muito ligado à natureza. Mas éramos uma equipe muito bem adaptada para o nosso trabalho.

3. Você escutou os trabalhos póstumos do Renato? O que tem achado?

Não ouço nada disso. Só ouço rádio, o itunes. Mas um dia destes ouvi numa rádio tocando uma música dessas e percebi o quanto é melhor que esse lixo todo que está rolando. Apesar de achar que gosto é pessoal, também sei distinguir trabalhos com qualidade.

4. O que todo fã se pergunta é: ainda há trabalho inédito da Legião? (Em caso positivo, quando será lançado?)

Não há nada muito significativo para tomar nosso tempo (meu e do Dado) com tal produção. Mas somos criativos para nos reinventar. Quem sabe!?

5. Como está sendo administrado o legado da banda?

Tranquilo! Eu e Dado fazemos isso muito bem há tempos e por estranho que pareça, sempre surge algo novo e bacana para gente lidar.