EXCLUSIVO
Marcelo Fróes: o guardião dos acervos 1ª Parte
Vitor Orlando Gagliardo - Jornalista
govitor@yahoo.com.br
Marcelo Fróes não é uma pessoa de fácil definição. Ele é pesquisador, advogado, escritor, produtor e editor. Já foi celebrado por seus trabalhos. Já foi vítima de preconceitos. Já teve inúmeras alcunhas: arqueólogo fonográfico e até de Indiana Jones da MPB. Para Gilberto Gil, é um guardião dos acervos. Para Raimundo Fagner, um "lobista". E para Zé Ramalho, um "romântico".
Em uma entrevista exclusiva para o Blog Desburocratizando, Fróes falou sobre seus 20 anos de carreira, os trabalhos solo de Renato Russo, inclusive rebatendo as críticas da mída especializada, e sobre seus novos projetos.
Foi tanto material reunido, que resolvemos dividir esta matéria em duas partes. A primeira será específica sobre os trabalhos realizados com o material póstumo de Renato Russo. Já na segunda, vamos abordar a carreira de Fróes de uma forma geral. Todos os trabalhos do produtor podem ser encontrados no site Discobertas (www.discobertas.com.br).
1. Renato Russo é um dos maiores nomes da história da música brasileira. Como é a responsabilidade de administrar esse repertório?
2. Você conheceu Renato Russo pessolmente e, inclusive, fez a última entrevista com o cantor. Conte-nos como foi essa convivência?
Conheci Renato em 92 e convivi efetivamente entre 1994 e 1996. Como éramos apaixonados pelo rock internacional dos anos 60 e 70, tínhamos muito assunto pra conversar. Na verdade, acho que ele percebeu que eu não era fã da Legião Urbana e nem um jornalista querendo faturar com sua entrevista exclusiva. Gostou tanto do resultado da primeira, que as duas seguintes foram realizadas por sua iniciativa. Chamou-me para ouvir a master do "Equilibrio Distante" tão logo ficou pronta, e ainda no curso do projeto "A Tempestade" mostrou-me o material. Ele me ligava pra conversar sobre música, muitas vezes nas madrugadas, e falando em inglês, e chamou-me para seu último aniversário. A última entrevista eu tenho a certeza de que ele fez sabendo que seria realmente sua última, pelo tom com que falou... e que eu só percebi depois do falecimento. Até hoje é alguém de que sinto muita falta, pois era uma pessoa educada e atenciosa. Muitos têm a imagem de roqueiro rebelde, afastado da família, mas posso dizer que todos traços de educação e polidez que realmente haviam nele vieram de sua família, com a qual tenho contato até hoje. Vai ver que conheci o Renato Manfredini Junior e não o Renato Russo.
3. A crítica não tem recebido muito bem estes trabalhos, chamando-os de caça níqueis. Como você lida com essas críticas?
4. O que os fãs se perguntam é: ainda há trabalhos inéditos do Renato?
O último trabalho de Fróes: CD Duetos, em comemoração aos 50 anos de Renato Russo
5. Você tem trabalhado com o material solo do Renato. Como é o seu relacionamento com a família do cantor?
Amanhã, será publicada a segunda parte desta entrevista
3 comentários:
Eu vejo que os fãs não são contrários a lançamentos que envolvam o nome de Renato Russo ou Legião Urbana, mas o que contribui principalmente para o fato de muitos acharem esse disco de duetos um "caça-níquel" é a existência de faixas repetidas no disco, como "A Cruz e a Espda", "A Carta" e "Mais uma Vez".
Depois de tantos anos ver o artista de volta à mídia com o lançamento de um disco mesmo depois de morto é maravilhoso para os fãs, mas fã que é fã sempre quer mais e não vai se contentar com o lançamento de um CD inteiro que tenha apenas 2 faixas inéditas.
Sabemos que o Fróes era uma pessoa de confiança para o Renato e esperamos que no próximo lançamento ele faça jus à confiança depositada por ele e traga coisas mais interessantes.
Marcelo Fróes:
O conceito do CD era reunir os duetos existentes e complementar o disco com alguns inéditos, portanto seria absurdo ignorar os duetos já conhecidos - por mais que nao sejam novidade para os fãs e colecionadores.
Não se tratava de fazer um disco inédito, mas um disco de DUETOS. E assim, não fazia sentido ignorar os existentes.
Esse cd Duetos nao bom, so 2 ineditas ?
O que podemos esperar p o proximo ? 1 inedita ?
e eh sempre "Mais do Mesmo"
O Froes vive em uma mesmice que ele mesmo acaba andando em circulos...
Faca algo bom, estilo "Presente 2003"
Ailton Dialuce
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