ENTREVISTA

O guerreiro alvinegro
Vitor Orlando Gagliardo - Jornalista
govitor@yahoo.com.br


O sobrenome herdado do pai já diz tudo. Leandro Guerreiro é valente em campo, ou como preferir, um verdadeiro guerreiro. Idolatrado pela torcida do Botafogo, o jogador vive um grande momento da carreira, coroado pelo título do Campeonato Carioca de 2010.
Em uma entrevista exclusiva ao Desburocratizando, Leandro falou da emoção do título e principalmente, do seu amor pelo Glorioso. Com vocês, Leandro Guerreiro ... 
                                                      Fonte: O GLOBO
Qual é a sensação de ser campeão, ainda mais em cima do Flamengo?
É uma emoção, muita alegria, sensação de dever cumprido. Vencer em cima do Flamengo tem um gostinho melhor, depois deste histórico de derrotas.
O que faltou para o time do Botafogo vencer as decisões passadas? O que esse time teve de diferente?
Nos anos anteriores, a mídia nos caracterizou como o time que jogava mais bonito, mais alegre, só que no momento mais decisivo, a gente não conseguia concretizar em títulos. Neste ano, todo mundo colocou a gente como a quarta força do futebol, mas nos momentos decisivos, fomos decisivos mesmo. Acho que isso que caracterizou nossa equipe este ano. Nas chances que tivemos, fizemos os gols, lá atrás, estávamos muito coesos, bem fechados, e, principalmente, nas decisões, jogamos muito bem e de forma séria. O time teve poder de decisão, que só os times campeões têm.
Qual foi a importância do técnico Joel Santana nessa conquista?
Ele foi muito importante, porque ele pegou nosso time lá embaixo (logo após a derrota para o Vasco por 6 x 0). Ele com aquele jeito carinhoso dele, de tratar todo mundo igual, de chamar de filho, foi colocando, bem devagar, seu jeito de trabalhar e o grupo absorveu muito bem. Ele teve todo nosso apoio, até porque, é um cara que tem uma experiência no futebol mundial muito grande. Ele, hoje, tem nosso grupo na palma da mão.
Qual foi a sensação de erguer a taça?
Ela parecia um pouco pesada por tudo o que já passei aqui. Mas foi um alívio muito grande. Saiu das minhas costas um peso muito grande. Eu vivo neste clube. Sempre fui tratado com muito carinho desde a minha chegada e nunca tinha conseguido retribuir com títulos para essa torcida. Eu tenho um cobrança interna que eu quero devolver todo esse carinho com títulos. Graças a Deus, eu levantei aquela taça. Acho que merecia por tudo que já passei aqui dentro. É claro, que eu não queria que o Lúcio (Flávio) se machucasse. Ele é um cara muito importante dentro do grupo, que nos ajudou muito fora do campo. Fuquei muito feliz quando ví duas taças, pois eu poderia levantar uma e o Lúcio a outra. Foi muito gratificante mesmo. Tomara que a gente possa levantar muitas outras taças.
Você é, sem dúvida nenhuma, se não o maior, um dos maiores ídolos do time do Botafogo. Como é essa sua identificação com a torcida?
É uma resposnabilidade muito maior. Graças a Deus, a torcida do Botafogo vem me apoiando. Eu me sinto muito feliz aqui no clube. Cada vez que visto esta camisa, é uma emoção muito grande. Espero ficar muito tempo aqui. Tenho contrato até o final de 2012, mas o meu pensamento é renovar e terminar aqui minha carreira. Meu objetivo é ficar aqui e dar títulos para o torcedor.
Um jogo memorável ...
Foi esse jogo do título que jamais vou esquecê-lo. Foi o meu primeiro título aqui dentro e foi em cima do Flamengo, ainda mais depois de três derrotas. Com certeza, esse jogo vai ficar marcado.
                                                                 Fonte: O GLOBO
Um jogo para esquecer ...
O título do Carioca de 2009. Nós tínhamos a vantagem. Tínhamos vencido o primeiro turno e praticamente, perdemos três jogos seguidos.
Até que ponto, vocês, jogadores do Botafogo, tiveram de conviver com essa fama de ‘chororô’?
A mídia transformou aquilo para um lado negativo. Porque quem ‘chorou’ ali (Campeonato Carioca de 2008), foram profissionais que estavam dando o sangue pelo Botafogo, que queriam muito honrar essa camisa gloriosa. E não foi um choro. Foi um desabafo! Todo mundo viu que foi um erro grotesto da arbitragem, mas o torcedor adversário sempre leva para um outro lado. De agora em diante, acabamos de vez com isso, pois estamos sorrindo e temos sempre de manter a humildade, para honrarmos a camisa do Botafogo.  
O Botafogo foi campeão Carioca com um time muito renovado. Você acha que o time chega como favorito para o Brasileiro. O que a torcida pode esperar?
Temos de dar muito valor para o título que conseguimos, pois, de fato, nosso time é muito novo e foi dado como desacreditado desde o começo do ano, ainda mais depois da derrota para o Vasco. Mas nosso time é muito guerreiro e herói. É claro que agora começa uma nova caminhada. O Campeonato Brasileiro é o mais difícil do mundo. É muito nivelado. Acredito que 12, 13 equipes tenham grandes chances. Todos os times têm jogadores de grandes qualidades. Reforços serão sempre bem vindos. É fundamental ter um elenco de qualidade, pois sempre surgem suspensões e lesões.  

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