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Que beleza!!! – “Eu sou assim’

Ele decidiu fazer jornalismo, pois queria ser um escritor de ficção. Trabalhou em grandes veículos como a rádio Joven Pan, o Estadão, ESPN e, atualmente, é contratado da Rede Globo, onde presta serviços para a TV Globo e Sportv. Milton Leite é, sem dúvida alguma, um dos maiores narradores esportivos da atualidade. Criador de bordões como ‘Que beleza’, ele diz que seu jeito irreverente é próprio do seu dia-a-dia. “À medida que fui me sentindo a vontade na função, o meu jeito de ser apareceu naturalmente”. Confira, abaixo, a entrevista exclusiva que Milton concedeu ao Blog Desburocratizando em que ele fala sobre sua carreira, livros, próximos projetos e a unificação dos títulos.



1. O que o levou a optar pelo jornalismo?

Desde garoto sempre gostei muito de escrever e meu sonho era ser escritor de ficção. Mas como faltava talento, resolvi que no jornalismo impresso eu poderia ganhar a vida escrevendo. Nunca pensei em trabalhar em rádio e TV.

2. Na profissão, você, além de esportes, atuou em economia (no Estado de São Paulo) e em um programa de variedades (na Rádio Joven Pan). Por qual motivo escolheu o esporte?

Na verdade, nessa profissão, nem sempre você consegue escolher a área. Se ficar esperando aparecer uma vaga na área que você gosta, provavelmente vai ficar um bom tempo desempregado. Eu fui aproveitando as oportunidades que foram aparecendo, independentemente de ser no esporte ou não. Fui escolhendo em função de melhores salários ou de perspectivas de futuro. A única vez que fiz uma escolha para optar pelo esporte foi quando decidi sair da Rádio Jovem Pan, em 1997. Preferi ficar apenas na ESPN-Brasil, onde já trabalhava desde 1995.

3. Como foi o início de sua carreira como locutor esportivo?

Já tinha tido algumas experiências como narrador de rádio, quando ainda morava e trabalhava em Jundiaí. Em TV, a primeira oportunidade foi na extinta TV Jovem Pan. Eu trabalhava na rádio e a TV estava começando, ainda em caráter experimental. Como eles sabiam que eu gostava muito de esportes, me testaram como apresentador e como narrador.

4. Você criou um jeito irreverente e único nas locuções. Como surgiu esse estilo?

Não surgiu, não criei um estilo. Eu sou assim. No meu dia-a-dia, com as pessoas da minha intimidade, sou assim. À medida que fui me sentindo a vontade na função, o meu jeito de ser apareceu naturalmente.

5. Você possui dois livros publicados: ‘As melhores seleções brasileiras de todos os tempos’ e ‘Os 11 Maiores Centroavantes do Futebol Brasileiro’. Sobre o primeiro, dentre todas as seleções apontadas, como ficaria sua escalação do melhor time da história do Brasil?


Sempre acho muito complicado comparar times ou jogadores de épocas muito diferentes. Não costumo fazer isso porque em geral se comete injustiças, principalmente com jogadores que não vi jogar.

6. Falando em seleção, você acredita que o Mano Menezes seja o nome ideal?

Em minha opinião, Muricy Ramalho é o melhor técnico brasileiro, mas como ele não aceitou, Mano era também a minha segunda opção. É bom técnico, inteligente, sabe agir politicamente com dirigentes, imprensa e torcedores. Tem tudo pra dar certo.

7. Como foi fazer a dublagem da série de jogos da Fifa? É mais fácil do que fazer a locução?

Não sei se é mais fácil. É diferente. É um trabalho mais de ator do que de narrador. Você interpreta um monte de textos.

8. Em 2011, você estará fazendo jogos dos Campeonatos pelo TV Globo?

Sim, ainda não sei quando nem em quais campeonatos no começo do ano.

9. O que você achou da unificação dos títulos?

Acho que ela deveria acontecer, mas não da forma como foi feito. A Taça Brasil não poderia ser equiparada ao Campeonato Brasileiro. Criamos o absurdo de termos dois campeões brasileiros em dois anos. O Palmeiras foi campeão duas vezes num ano só. As quatro edições do Robertão, sim, foram justamente reconhecidos.

10. Você acredita que os casos de mala branca e entrega de jogos podem tirar o brilho do Campeonato Brasileiro?

Se continuarem acontecendo e se a CBF e a Justiça Esportiva não tomarem nenhuma posição, provavelmente o campeonato perderá credibilidade com o passar dos anos.

10 comentários:

Anônimo | 4 de janeiro de 2011 às 08:20

as narrações dele são as melhores

Anônimo | 4 de janeiro de 2011 às 08:21

Ele tem um estilo irreverente que torna qualquer jogo muito agradável.

Anônimo | 4 de janeiro de 2011 às 08:36

Acho sensacional quando ele fala Que beleza!!!!!

Anônimo | 4 de janeiro de 2011 às 08:36

Tb tem a A batiiiiiida

hahahaha

Anônimo | 4 de janeiro de 2011 às 08:37

sem dúvida é o melhor narrador esportivo da atualidade

Anônimo | 4 de janeiro de 2011 às 08:37

ele deveria ser o narrador oficial da Globo.

Chega de Galvão Bueno.

Anônimo | 4 de janeiro de 2011 às 08:46

que fase!!!!!!!!!!!!!1

Anônimo | 4 de janeiro de 2011 às 08:49

ficou bem legal a entrevista

Anônimo | 4 de janeiro de 2011 às 11:06

Muito importante esta entrevista, porque só assim vemos que não existe só Galvão Bueno. Continue assim fazendo estas entrevistas. Boa sorte!

Alexandre Luz | 4 de janeiro de 2011 às 11:37

O melhor narrador esportivo da TV! Disparado!

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