Opinião

Bancas (des)organizadoras
Vitor Orlando Gagliardo - jornalista
govitor@yahoo.com.br

Não é mistério para ninguém, a busca, quase uma obsessão, do candidatos por uma vaga no seriço público. A explicação é simples: bons salários e, principalmente, a estabilidade. Vale ressaltar, que, por vezes, virou um desejo tão mecanizado, que muitos desistem de seus sonhos e ideais em suas profissões, só para alcançar a sonhada vaga.

Também não é nenhum mistério, que os cursinhos preparatórios ganham lucros fabulosos em cima dos nossos sonhos. Na maioria das vezes, nos oferecem descontos, pagamentos parcelados e professores de competência duvidosa.

No entanto, o que gostaria de abordar nesse artigo, é a desorganização das bancas. Recentemente, o concurso da Caixa Econômica, promovido pela CESPE, foi anulado devido a ausência dos nomes de mais de quatro mil inscritos nas listas de presença.

Falando em CESPE, nesse último domingo, ela promoveu mais um erro. Me refiro a prova para Defensoria Pública. Simplesmente, sem nenhum critério, marcaram a prova para o bairro de Campo Grande. Quem não tem carro, teve dificuldade para chegar ao local.

A banca precisa atentar para todos os detalhes. Por exemplo: a prova DPU foi marcada para às oito horas da manhã. O trem, aos domingos, circula com intervalo de 40 minutos. O metrô só abre às sete horas.

Darei o meu exemplo: acordei às 4h45. Saí de casa 5h20. Peguei um ônibus para a Barra da Tijuca e, depois, peguei outro para Campo Grande. Cheguei na porta do colégio Antônio de Pádua, às 7h53. Detalhe: devido ao horário, não peguei nenhum trânsito. Só na minha sala, foram 26 ausentes.

Ao término da prova, as pessoas insinuavam que esta era uma das formas das bancas já eliminarem candidatos. Confesso que não tenho essa informação, mas acho um absurdo essa falta de planejamento.

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