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Falcão - O Rei do Brega! 2ª Parte

Vitor Orlando Gagliardo - jornalista

govitor@yahoo.com.br

Na segunda parte dessa entrevista exclusiva ao Blog Desburocratizando, o cantor Falcão fala sobre seus novos projetos, seu livro Leruaite (Dog’s Au-Au It’s Not Nhac-Nhac) que já está na quinta edição, da sua fama e machão, além de admitir que já foi traído. “Que eu saiba, sinceramente, umas três ou quatro vezes. Mas isso só aguçou minha criatividade e meu senso cornífero, o que deixa o cidadão muito à frente do seu tempo”.

1. Uma de suas músicas, ‘Esculhambação sim, frescura não’, fala de roubos na política. Como você vê a eleição para presidente deste ano?

Graças a Deus, o processo democrático e eleitoral no Brasil tem cada vez se aperfeiçoado mais. É claro, que devido a uma maior educação política do nosso povo, muitos corruptos, ladrões, larápios, sem-vergonha e outras pragas, ainda deverão ser eleitos. Tomara que, pelo menos no cargo presidencial, saibamos colocar alguém decente.

2. Fale um pouco mais do seu livro Leruaite (Dog’s Au-Au It’s Not Nhac-Nhac)?

É um livro de frases. Frases que eu fui cometendo e inventando no decorrer da minha carreira (algumas até são extraídas de minhas músicas), as quais depois de reunidas eu resolvi distribuí-las com alguns heterônimos (à moda Fernando Pessoa), que são alteregos meus, a quem eu joguei a responsabilidade de dizer tanta besteira. Ele, o livro, parece que fez carreira, pois foi lançado em 2000 e já está na quinta edição.

3. Já dá para cavar uma vaga na ABL?

Por enquanto não. Embora eu já esteja terminando de escrever mais dois ou três livros, acho que uma casa séria, como a ABL, não merece minha irregularíssima pessoa. Mesmo porque, a dita cuja ostenta entre seus membros, acadêmicos do gabarito de um José Sarney e de um Roberto Marinho.

4. Você quando estava na faculdade fundou a AMA (Associação dos Machos da Arquitetura). Você ainda é do tipo machão?

Eu apenas sou macho, ou seja, não sou de andar de marcha-à-ré, nem de morder a fronha. E a AMA era exatamente isso: Apenas um descontentamento dos remanescentes heteros diante de uma avassaladora maioria baitola, que àquela época já dominava os meios universitários. Nada contra, só acho que nós, que não queimamos, somos hoje minoria, e naquele tempo já tínhamos uma certa preocupação com o futuro. Que já chegou...

5. Sinceramente, já foi traído alguma vez?

Que eu saiba, sinceramente, umas três ou quatro vezes. Mas isso só aguçou minha criatividade e meu senso cornífero, o que deixa o cidadão muito à frente do seu tempo.

6. Quais são seus próximos projetos?

Além do CD e do DVD que eu já citei, pretendo voltar para a TV (onde estive em 1998, com o programa “Falcão na contramão”, na Band), e transitar com mais freqüência na internet, Aguardem!