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Falcão - O Rei do Brega! 1ª Parte

Vitor Orlando Gagliardo - jornalista

govitor@yahoo.com.br


Ele começou a carreira artística aos 35 anos. Sua formação: arquiteto. Sua profissão: cantor. Estou falando de Falcão - o Rei do Brega. Em uma entrevista exclusiva ao Blog Desburocratizando, o cantor falou sobre sua carreira, seu livro, próximos projetos e, claro, de música brega. “Pra quem não sabe a música brega talvez seja a mais vendida e executada no Brasil, ainda”.


1. Você é arquiteto formado. Por que não seguiu a profissão?

Não segui a profissão porque, mal começava a trabalhar, depois de formado, gravei - quase que sem querer -, o 1º disco, que foi sucesso. Daí, começaram as viagens, os shows, os compromissos, e eu tive que abandonar a arquitetura por falta de tempo e de espaço.

2. Sua carreira artística começou aos 35 anos. O que o levou música brega?

Vários fatores: a) O fato de eu, sinceramente, gostar da música brega; b) Achar que esse era o melhor veículo melódico para apresentar minha fuleiragem literária; c) Não ser um músico muito exímio (no violão), e essa ser uma música muito simples, melódica e harmonicamente falando, e daí ser mais fácil de eu compor e cantar; e d) O humor e drama inerentes a esse estilo.

3. Você tem clássicos do mundo brega como, por exemplo, ‘I’m not dog no’, ‘Ai minha mãe’, ‘Holiday foi muito’ e por aí vai. Como é seu processo de criação?


Não existe um processo pré-estabelecido. Eu apenas pego alguns temas que, eu acho, sejam relevantes e que tenham interesse popular, e deixo as coisas acontecerem; mais ou menos, no correr da intuição, o que não deixa de ser um processo.

4. Seu último trabalho (What’s Porra is this) foi lançado em 2005. Está preparando um trabalho novo?

Sim. Estamos em fase de pré-produção de um novo disco de músicas inéditas, e também de um DVD com músicas do meu repertório já consagrado. Ambos deverão ser lançados no segundo semestre deste ano. Outras cositas estão sendo engendradas, mas depois eu conto.

5. Você se considera um remanescente da música brega?

Como remanescente? O brega já se acabou? Pra quem não sabe a música brega talvez seja a mais vendida e executada no Brasil, ainda. Sem falar que todos os gêneros, notadamente o sertanejo, o pagode mela-cueca e até o pop e a MPB, estão cada vez mais se abregalhando. Eu, pessoalmente, não vejo muita diferença melódica ou filosófica entre Reginaldo Rossi e Zezé di Camargo, ou entre Luan Santana e Lulu Santos e Odair José.

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